Senhores é com coração pesado que parte da comunidade do surf californiano e hawaiiano, oriunda dos Gold Times anunciou e se comoveu com a passagem de Bill Ogden. Pois muitos ainda comentam e protagonizam suas condolências ao personagem esfuziante, colorido e discreto, Ogden. Sujeito que deu origem as fantasias e designes coloridos e por vezes psicodélicos do surf nos 60, 70 e 80. “Eu fiz arte para as pessoas. Queria que eles se divertissem e percebi que, como artista se você não esta a se divertir, estará a fazer algo errado”, explicou Ogden em 2016. O cara, de origem japa que encontrou-se e viveu uma parte de sua vida, com a Irmandade do Amor Eterno em Laguna Beach em meados dos 60, pautou sua arte no oceano com viagens alucinógenas. “O LSD foi uma moda passageira, realmente. Para muitos de nós, a criatividade continuou a evoluir a partir da nossa própria imaginação, desenhar e pintar por pura alegria”, comentou. Em 1969 Bill desenhava logotipos para a Hobie Surfboards e para anúncios da Jantzen surfwear na Surfer. Em 1970 ele desenhou dois cartazes de Timothy Leary, papa do LSD raptado por oficiais do governo ianque, pedindo doações para o resgate de US$ 100 mil. Em 1974 ele desenhou a famosa arte do cartaz do filme “Ilha Esquecida de Santosha” onde aparecem Gerry Lopez e amigos surfando a fantástica G’Land em Java, despistando o nome real do pico, hoje internacional. Ogden trabalhou na loja Mystic Arts World, que reunia uma nata da pesada em Laguna. Em 1972 as musas de Bill que apareciam de busto nu e bronzeadas, ondas limpas tubulares e perfeitas, ondas vazias e surfers megabronzeados, eram as verdadeiras imagens na cabeça da galera que se definia pela imaginação, durante esse período. “Tantos anos depois, ainda vemos as suas imagens quando fechamos os olhos e sonhamos os sonhos de sermos surfista” conforme escreveu Sam George anos mais tarde. O único artista a se igualar a Bill nesse período foi Rich Griffin que como Ogden, começou com o trabalho de desenhos animados em revista surf, antes de fazer um crossover dramático para o psicodélico. E assim ele permanece seguro no reino da fantasia e da paisagem; para o melhor ou para o pior, seu estilo ainda formata inspirações como Christian Lassen e Robert Wyland no Hawaii. Quem viu e conferiu viajou e você amigo procure conhecer mais sobre a arte de Bill Ogden.
Durante uma verificação da secretária de bem-estar no início do mês de dezembro passado na Califa, descobriu-se que Ogden faleceu em casa, sentado à frente do seu cavalete com pincel ainda na mão aos 79 anos. RIP BILL!
Texto by Castro Pereira Fotos Arquivos Insta/Marilynn Young
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