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Entre a Serra e o Mar: Criador de bufalos de SC surfa Nazaré

‘Vortiada nas Oropa’: Arno Phillipi, aos 63 anos de idade, é um dos mais atirados na Laje da Jagua, em Jaguaruna (SC) e sua recente viagem para Nazaré, em Portugal, não passou desapercebida pelo filmaker, Diego Balestro. Entre sua criação de bufalos em Urubici, na serra catarinense, as ondas grandes em Jaguaruna e seus filhos na praia da Guarda, em Palhoça, Arno parece viver um dos melhores momentos de sua vida

Nem só de surf vive um surfista. A paixão, muitas vezes, pode ser dividida e bem sucedida. Surfando desde os 17 anos de idade, Arno Phillipi corteja duas paixões que parecem inviáveis, mas não para ele. No refúgio do Campos dos Padres, entre Bom Retiro – sua cidade natal – e Urubici, na serra catarinense, a criação de búfalos salta os olhos nas fotos postadas por ele em suas redes sociais. Mesmo neste trabalho árduo, ele arranja tempo para sua se dedicar a sua segunda paixão.

Arno sempre cultuou o free surf, nunca competiu. Ainda novo, veio estudar em Florianópolis, onde conheceu o surf. “Sou serrano, tenho uma ligação da montanha com o mar, a montanha onde crio Búfalos, um dos pontos mais altos do estado, o Campo dos Padres, e o mar, onde eu encontro as montanhas d’água. Hoje moro na Praia da Guarda do Embaú. Tenho 4 filhos, todos envolvidos com o surf“.

Diego Balestro e Arno Phillipi se preparando para entrar em Mullaghmore, na Irlanda. Foto: Reprodução vídeo

 

Desde quando Zeca Schaefer descobriu a Laje da Jagua, em Jaguaruna (SC), logo após seu falecimento, Arno frequenta o pico. Sua vocação para ondas grandes ele descobriu cedo, e de lá pra cá é um dos integrantes da ‘Jagua Boy’s’. “Sempre gostei de ondas grandes, descobri o town in com Luisfer, no Peru, depois com o – João – Capilé, o que me possibilitou pegar muito mais onda e maiores, e já to bastante tempo em cima da máquina.

Já viajou para o México, Peru, Chile, mas nunca foi para o Hawaii ou outro pico. “Dai resolvi ir lá conhecer Nazaré, aproveitar que já to no finzinho, daqui a pouco não dá mais, e deu certo!!! A Laje eu frequento há uns 15 anos, desde quando o Zeca e o Rodrigo abriram lá, em seguida eu encostei e, sempre que posso, pego com a turma. E é um grande treino pra Nazaré, que é um onda bem diferente, muito forte e com muita velocidade“.

Diego Balestro: “Essa trip com o tio Arno foi a melhor que fiz até hoje”

Após tanta dedicação as ondas grandes na América do Sul, e, principalmente, a Laje da Jagua, onde alguns treinam para surfar a atual meca do big surf, Nazaré, em Portugal, e Arno Phillipi decidiu conhece-la. Antes, uma rápida passada para visitar o amigo Diego Balestro.

Diego, gaúcho de Porto Alegre, em 2012 começou a fazer filmagens aquáticas de surf com câmeras Go Pro. “Desde 2003, quando fui apresentando ao ‘tio Arno’ na Guarda, que já fazia town in, eu já conhecia ele sem ele me conhecer. Um dia ele me convidou pra ir na Laje, me apresentou pra galera e a gente estabeleceu um tipo de filmagem na água, e filmei nadando na laje e começaram a abrir as portas pra mim“, comenta Diego Balestro .

Depois disso, Diego se jogou pelo mundo, já tem trabalhos em vídeos em Teahupoo, Nazaré, e na Irlanda. “O tio Arno veio abrindo as portas do surf de ondas pra mim. Há alguns anos eu venho viajando atrás destas ondas pelo mundo. Então, chegou a hora de convidá-lo a vir pra cá. Nos encontramos em Lisboa, e passamos um mês viajando, e essa trip com o tio Arno foi a melhor que já fiz até hoje e o resultado está neste vídeo um pouco o que foi nosso mês de dezembro“, finaliza Diego.

Para saber mais sobre Diego Balestro, clique aqui.

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Peru Pacasmayo 3m maio de 2023

Gaúchos Giovano Ferrari e João Santos, mês de maio de 2023, alerta de swell para a costa do Peru, 28º trip  para o Peru de Giovano, 1ª trip de João Santos para, dupla formada por experiencia e atitude.

Ondas fortes com 3m de face, botes virando, canal tenso , surf de verdade, imagens dos dias maiores não foram registradas , mas aqui nesta matéria temos uma galeria que mostra um pouco do que foi a trip destes dois amigos.

 

Confiram as imagens:

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Guarda Vidas no verão Big Riders no inverno imagens Moises Trindade

Gurizada do sul que trabalha forte na segurança dos banhistas no Rio Grande do Sul na temporada de verão como salva-vidas , tem pouco tempo para se dedicar ao surf mas mesmo assim não deixa passar nenhum swell!

Cristiano Dias “Zoreba” e  Gustavo Silvestro “San” ao receber o alerta de um ciclone que iria trazer a primeira “bomba” de outono abrindo a temporada de ondas grandes de 2023 , não pensaram duas vezes , combinaram com o videomaker e fotografo profissional Moises Trindade @moisatrindade , e partiram rumo ao Farol de Santa Marta  para pegar a ondulação com todo seu potencial.

Chegando ao farol, mal podiam acreditar no power das ondas , sérias que chegavam aos 4m fechavam o canal, no canto uma galera muito “selecionada”botando pra baixo na remada com suas gunzeiras, mais para o meio da praia,ondas mais cheias e a galera do tow-in e step off fazendo a cabeça com o auxilio dos jets.

Moisa ao chegar na praia encorajou a gurizada que mal podia acreditar no tamanho da ondas , ” voces não vão arregar agora né?” largou em tom de brincadeira o fotografo, galera logo conferiu o equipamento e se jogou na água, no dia seguinte ainda rendeu uma seção monstro na histórica praia da Vila em Imbituba!

CONFIRAM AS IMAGENS QUE DISPENSAM OS COMENTÁRIOS SIGAM O FOTOGRAFO EM SUA REDE SOCIAL LINK ABAIXO DA GALERIA

 

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Pioneiro de ondas grandes Pat Curren , pai de Tom falece aos 90 anos

Fonte Surf Total

via litmus.com.au

 

O lendário big rider e shaper Pat Curren faleceu aos 90, deixando para trás um enorme legado na história do surf – legado esse que se mantem vivo através do seu filho, o tri-Campeão Mundial Tom Curren.

Nascido em 1932 na Califórnia, Pat Curren foi um dos pioneiros de ondas grandes e um dos melhores durante os anos 50 e 60. Além disso, criou as primeiras pranchas de ondas grandes feitas de propósito para surfar em Waimea. Algumas das suas pranchas, como a “Elephant Gun”, são artigos coleccionáveis para os apaixonados do surf, e valem até 25 000 dólares.

Tinha uma presença magnética apesar de ser “quase mudo”, e ganhou uma reputação pelo seu sentido de humor e personalidade “mística”. Fez parte de filmes de surf como Surf Crazy (1959), Barefoot Adventure (1960), Cavalcade of Surf (1962)e Gun Ho! (1963). Além de Tom, Pat teve mais dois filhos: Joe Curren e Anna Curren.

Pat cresceu em San Diego, e desistiu de estudar aos 16 anos, mudando-se dois anos mais tarde para La Jolla, onde começou a surfar. Visitou o Havai pela primeira vez em 1955. Em 1957, foi para Waimea num dia de ondas grandes, e consta que nem ele nem os surfistas que estavam com ele conseguiram ser bem sucedidos na surfada, devido às pranchas que estavam a usar. Essa terá sido a motivação para Curren começar a criar pranchas para ondas grandes.

Em 1961, Pat casou com Jeanie, e no ano seguinte regressaram à Califórnia. O casamento durou até 1981, ano em que os dois se divorciaram e Pat mudou-se para a Costa Rica. Lá ficou por cinco anos, antes de se mudar para Baja.

Em 2020 foi criada uma campanha de angariação de fundos para auxiliar o surfista, que, com 88 anos, estava a morar num trailer com a sua esposa Mary e uma filha com necessidades especiais. Nessa altura, o seu filho Joe Curren escreveu nas suas redes sociais que nem ele nem ninguém da família tinha tido conhecimento da campanha, e que tentavam ajudar Pat de forma discreta, visto que este queria manter a situação privada. A campanha acabou por angariar cerca de 100 000 dólares.

Pat Curren falece agora aos 90 anos, tendo deixado uma marca imensa na comunidade do surf e definindo-a para sempre.

Que descanse em paz!

 

 

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DIA TRISTE PERDEMOS NOSSO ÍDOLO MAD DOG MARCIO FREIRE EM NAZARÉ .

O brasileiro Márcio Freire morreu nesta quinta-feira (5) após sofrer um acidente em uma onda gigante na cidade de Nazaré, em Portugal. O veterano descia um dos ‘paredões’ da chamada praia do Norte quando se acidentou. De acordo com a Marinha, houve tentativa de reanimar o brasileiro, que teve uma parada cardio-respiratória, mas Freire, de 47 anos, não resistiu aos ferimentos. O corpo vai ser transportado para o Instituto de Medicina Legal de Leiria, segundo informações da imprensa portuguesa.

O gabinete de psicologia da Marinha foi acionado para prestar apoio emocional aos familiares de Freire. É a primeira morte de um surfista no local. “Lamentavelmente, nenhuma das manobras de suporte de vida teve sucesso, acabando o óbito por ser declarado no local”, afirmou Mário Lopes Figueiredo, comandante da Capitania de Nazaré à agência portuguesa “Lusa”. Thiago Jacaré, amigo de Freire, usou as redes sociais para postar se despedir e prestar uma homenagem ao colega. A publicação foi feita na tarde desta quinta-feira. Freire fez parte do trio apelidado de “Mad Dogs” (Cachorros Loucos, em tradução literal).

Danilo Couto e Yuri Soledade, também baianos, completavam a trinca de veteranos que ficaram conhecidos por explorar as ondas gigantes sem equipamentos de segurança adequados. Sendo uma lenda no surfe, o brasileiro desbravou o mundo através das ondas gigantes. Apesar da rentabilidade, Freire nunca levou o esporte para o lado profissional e, durante toda a vida, surfou por amor às pranchas e ao mar

 

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RIP PETER COLE

Peter Cole faleceu aos 91 anos em casa no sábado passado, dia 05 enquanto dormia e cercado pela família, segundo seu filho. A causa foi um problema cardíaco que tinha vindo a piorar nos últimos meses. Cole nasceu na mesma data de outubro de meu velho pai porem alguns anos mais a frente, 1930. Iniciou no surf aos 14 anos na Califórnia em Santa Monica, desbravando picos e revelando alguns para o mundo, depois migrou para Honolulu,HW em 1958. Por lá redefiniu o surf de ondas grandes na cultura hawaiiana. Foi professor de matemática de caras como: Jeff Hackman, Gerry Lopez e Barry Kanauiapuni e depois parceiro de surf em Pipe, Waimea e Sunset dos caras. Ele foi campeão no Makaha International, se destacando com um dos surfistas mais corajosos de sua geração. Cole ficou cego de um olho em 1972, depois de ter sido atingido pela sua prancha. Ainda assim, surfou até bem perto dos oitenta anos, e sempre resistindo à utilização do leash. Sujeito era waterman; na Califa foi nadador e jogava pólo aquático, isso o manteve no rip e buscava sua prancha na braçada. Galera se impressionava vendo ele em mares gigantes de Sunset. Sedimentou seu nome e approach no north shore e em 2011 entrou para o Hawaii Waterman Hall of Fame.

 

Sua partida causou muita comoção na comunidade do surf. As palavras não fazem justiça à vida, ao legado e ao amor do homem pelo oceano, mas seu amigo Gerry Lopez em declaração chega bem perto de sua lembrança:

“Peter Cole foi meu professor de álgebra no 9º ano. Ele já era um conhecido surfista e pioneiro de ondas grandes em 1962, além de ser um ótimo professor. Nossa aula era depois do intervalo do almoço e um dia, o Sr. Cole estava alguns minutos atrasado Ele veio correndo e foi direto ao assunto, escrevendo equações no quadro-negro, Seu cabelo estava molhado e meio bagunçado e do meu assento na primeira fila, notei areia na nuca.

“Enquanto a aula prosseguia, pude ver que ele devia estar de shorts molhados porque estava começando a encharcar as calças. Depois de explicar uma equação, ele perguntou se alguém tinha alguma dúvida. Levantei a mão e quando ele me chamou, Perguntei: ‘Como estão as ondas em Ala Moana hoje…?’ Esperando uma pergunta de matemática, ele ficou um pouco confuso, ‘O que…?’ Então ele sorriu aquele grande Peter Cole sorriu, riu e disse: ‘Vou te contar depois da aula..’

“Ao longo dos anos, nos tornamos amigos. No final dos anos 1960 e início dos anos 70, surfávamos juntos de manhã em Pipeline, muitas vezes só nós dois e às vezes John Peck se juntava a nós. Então, quando os ventos alísios sopravam , todos nós nos mudamos para Sunset, que era o lugar favorito de todos.

“Peter era um homem doce, gentil, atencioso, sempre generoso com seu tempo e aloha para amigos e estranhos. O pequeno mundo do surf em que ele cresceu, onde ele fez seus ossos, tornou-se um mundo enorme e uma indústria de bilhões de dólares. Mas isso o grande sorriso dele nunca esteve muito abaixo da superfície e não demorou muito para borbulhar. O surf perdeu outro de seus verdadeiros heróis lendários, mas a lenda vive através dos muitos corações que Peter Cole tocou em sua vida… e eu fui muito tocado!”  

Peter tinha especial preocupação também com a conservação dos oceanos, e foi presidente da Sunset Beach Community Association, além de ter fundado e presidido a divisão de Oahu da Surfrider Foundation. E assim foi para Peter Cole, que da sua longa vida deixa um enorme legado e várias memórias aos amigos que vivem ao longo da costa havaiana. RIP Peter!

Texto by Castro Pereira Fontes: Surf Heritage/Surf Total/ Fotos Insta/Pintura de Peter Jr.