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NOVIDADES NO SURF BUSINESS

Algumas coisas, movimentos nas internas estão fazendo o surf ser noticia de uma maneira nada evolutiva. E sim; de forma a dar passos para trás. Nada de saudosismo ocorre e sim fatos reais e de complexa tendencia. Algumas grandes marcas do segmento estão a liderar e colaborar para um novo ciclo no capitalismo, dentro do esporte dos Reis. Atletas renomados sendo expelidos fora, outros sendo desligados junto a centenas de colaboradores, e alguns não se importando com esse novo jogo de patrocinadores e grandes conglomerados e decidindo cair fora de marcas com grande respaldo junto a classe consumidora e também junto a classe profissional do esporte. Confira a seguir alguns desses movimentos.
O brasileiro campeão mundial Italo Ferreira, foi um dos primeiro ano passado a desligar-se da Billabong, o que causou certo furor, se pensarmos em cifras. Agora neste início de temporada ele vem a público anunciar, que a Red Bull passa a ser seu patrocínio principal.
Também neste início de ano o aussie Liam O’Brien anunciou no seu instagram que o seu contrato com a Billabong, patrocinador principal, não será renovado. A marca esteve com o surfista ao longo dos últimos 12 anos, naquilo que O’Brien descreveu como uma “jornada inacreditável”. Vários surfers deram seu apoio a Liam como; Molly Picklum e Conner Coffin. A Billabong, a Quicksilver e a RVCA fazem parte agora da Authentic Brands Group.


O trio californiano dos manos Gudauskas, Tanner, Daner e Patrick foram dispensados da conhecida Vans, no fechar de 2023. Após 20 anos de muito trabalho e divulgação nos quatro cantos do planeta, a marca encerra sua parceria com os malacos sangue bom, incluindo no pacote também mais de 500 colaboradores. Tudo elaborado numa medida de estratégia para “reinventar a organização” e melhorar a sua “eficiência operacional”. Todas as marcas da VF Corporations foram afetadas, inclusive a Vans e The North Face, num trabalho do novo CEO Bracken Darrell.
Agora a menina hawaiiana longboarder campeã, Kelia Moniz, vem a público declarar sua saída da Roxy, após 17 anos e comentar sobre a nova atitude da marca. Segundo Kelia: “após a covid-19 assinei o melhor contrato de minha vida e que duraria mais um ano. Porem após a empresa ser vendida, o contrato perdeu seu valor e terminou. Então foi-me sugerido um corte de 90% para eu sair. Após anos de luta por um valor de patrocínio justo, não havia espaço para eu assinar aquele contrato, especialmente sabendo que eu não era a única atleta a estar nesta situação. Não vou fazer braço de ferro com uma empresa que não apenas nada sabe sobre surf, mas também não se importa minimamente com ele.
A Industria do surf tem vindo a estar consolidada por duas grandes Empresas, que não se importam com o desmantelamento que tem vindo a acontecer com uma geração de surfistas que tal como eu a têm vindo ajudar a construir.
A minha sincera esperança é que eu possa inspirar a próxima geração de surfistas que possam de novo lutar por uma carreira, pela sua independência e por isso também não posso mostrar a minha submissão perante esta situação. Por isso e com todo o respeito estou fora”. Texto by Castro Pereira Fotos Insta

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CALIFA – WORLD JUNIOR PRO

Iniciou nesta terça feira dia 09 passado na Califórnia em San Diego, mais um Mundial Pro Junior da WSL. O pico do encontro é Oceanside Pier e o Brasil contou com Ryan Kainalo, Isabelle Nalu, Sophia Medina, Leo Casal, Laura Raup, mais Heitor Mueller e as peruanas Sol Aguirre e Kalea Gervasi. Verão por lá e ondas geladas de boa formação na faixa de meio a um metro.
A brasucada deu sangue mas os ianques e os aussie estavam com sangue nos olhos nas merrecas de Oceanside. Tanto na masculino como na feminino. Nas quartas Ryan Kainalo e Heitor Mueller caíram fora da competição. Nas semi-finais sobrou Leo Casal e a peruana Sol Aguirre, que foram derrotados por Jackson Bunch e Zoe Benedetto, um hawaiiano e uma ianque. Eles finalizaram em terceiro. Na grande final se encontraram, Sierra Kerr e Benedetto, ambas dos EUA. Na área dos boludos, Jett Schilling e Jackson Bunch.
Finalizando, Sierra Kerr venceu o World Junior Pro na feminino e na masculino, Jett Schiling, ambos dos EUA. Esse foi o resultado da competição em Oceanside Pier que acabou sendo finalizada no sábado dia 13 na Califórnia.
Texto by Castro Pereira Fotos Kenny Morris

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VANS – BROTHERS GUDAUSKAS

Após vinte e tantos anos de muita estrada e divulgações da marca pelos ianques Gudauskas, o ciclo se encerrou no final de 023. Em pleno inverno hawaiiano os irmãos Tanner, Dane e Patrick foram as redes sociais se despedir e partilhar das suas relações com a icônica marca californiana. Os irmãos de San Clemente ressaltaram as grandes alegrias e oportunidades que tiveram durante esse período, com a Vans e seus colaboradores mundo afora. Patrick escreveu que “não há maior honra” do que o tempo passado com a Vans, colocando ênfase na importância que a marca dá à criatividade, sempre incentivando a busca pelos seus sonhos e “o pensamento fora da caixa”. “Pensar alto, e trabalhar muito para concretizar essa visão”.
Dane escreveu na sua publicação sobre a relação que criou com a Vans e as “pessoas incríveis” que conheceu, algumas das quais se tornaram “amigos para a vida”. O surfista salienta o apoio que a marca forneceu “na busca de todos os projetos artísticos imagináveis”, e a criação de “uma cultura de colaboradores inovadores e com mente aberta que ainda hoje compõe o team da Vans, liderados por ícones e mentores como Nathan Flether e Joel Tudor”.
Tanner considera que aprendeu com a marca “a manter-se curioso, pronto para aprender novas perspectivas na água e em terra”. Aprendeu também a “não ter medo de evoluir”, mas a maior recompensa que leva destes vinte anos é a “conexão com tantos indivíduos interessantes e motivados de culturas do mundo inteiro”.
A Vans que agora é controlada pela VF Corporation está com novo CEO, Mr. Bracken Darrell. Eles despediram no final de 023 cerca de 500 funcionários e colaboradores da Vans e The North Face, dentro de uma estratégia de reinventar a organização e melhorar sua eficiência operacional. Business is business!
Texto by Castro Pereira Fotos by Insta

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VANS – JOHN JOHN E MOANA VENCEM

A praia de Pipeline na costa norte de Oahu, foi o local que abrigou o Vans Pipemasters 2023. Quarenta homens e vinte mulheres convidados fizeram os embates, num swell que iniciou bem e terminou poderoso. Depois de três dias na terça-feira passada os campeões foram apontados e com um mar de responsa, tubos para dois lados e alguns pesados além de velozes na faixa de três metros. Na masculino, John John Florence que num heat caiu com seus irmãos, Nathan e Ivan fez a final com os hawaiianos; Makana Pang, Billy Kemper e Seth Moniz. John John venceu a bagaça saindo a mil dos tubos e demonstrando maestria.
Na área das meninas, a hawaiiana Moana Jones Wong conhecedora do pico faturou a parada. Entrou na final com; Carissa Moore, Molly Picklum e Erin Brocks, menina talentosa. Moana finalizou canudos impressionantes e venceu mais uma vez. Ela é conhecida como a Rainha de Pipe.
A fatura foi de US$ 100 mil para cada um dos campeões. Bravos a Vans!
Texto by Castro Pereira Fotos Vansmasterpipe/Jimicane

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VANS – HAWAIIANOS REPRESENTAM

A arena mais radical e perigosa do planeta, a praia de Pipeline na costa norte de Oahu, foi o local que abrigou o Vans Pipemasters 2023. Quarenta homens e vinte mulheres convidados fizeram os embates, num swell que iniciou bem e terminou poderoso. A competição teve três rounds de 30 minutos com quatro surfistas cada e sem eliminações, sempre contando as três melhores ondas. John John teve a proeza de cair em uma bateria com seus irmãos, mas as mulheres foram destaque nessa edição. Próxima matéria vem com os destaques e resultados.
Texto by Castro Fotos By Vans/Insta/Jimmicane

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RIO DE JANEIRO – KAINALO E O ISA

Registrando; dias atrás o brasileiro Ryan Kainalo, venceu a categoria principal do evento a sub-18 e levou medalha de ouro. Na final ele destruiu as marolas da Macumba e fechou a fatura. Teve também mais as medalhas de bronze e cobre na categoria sub-16, com Guilherme Lemos e Ryan Coelho. Esses resultados ajudaram o Brasil a vencer por equipes. Os ianques ficaram em segundo lugar. Grandes personagens do surf mundial estiveram presentes no evento, alguns com os filhos e outros como técnicos. Barton Linch, ex-campeão mundial, Shane Dorian, Courtney Conlogue e outros mais.
Fazia 20 anos que o Brasil não vencia, a última vez foi em Durban na África do sul em 2003. Esse foi o ISA Surfing Games no Brasil com várias equipes de vários países finalizado semanas atrás.
Texto by Castro Pereira Fotos SeanEvans/ISA/PJimenes

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CHUMBINHO APAGA EM PIPE

João Chianca, o Chumbinho estava treinando para o inicio do tour que ocorre em janeiro próximo em Pipe, quando do nada não conseguiu completar um drop cascudo e sofreu uma queda sinistra. O oceano desceu sobre seu corpo que acabou apagando. Segundo Guilherme Tâmega, hexacampeão mundial de bodyboard e salva-vidas em Pipeline, que foi o responsável por prestar os primeiros socorros a João, a sorte dele foi o leash não arrebentar. A prancha boiando é sinal que ele está ali embaixo. O surfista ficou cerca de 2min30s a 3min submerso e bebeu muita água salgada e com o impacto nágua ele bateu a cabeça no coral e apagou.
Tâmega comentou em entrevista que João; “Ele tinha pulsação, respiração. O procedimento neste caso é colocar o corpo de lado e deixar a espuma e a água salgada saírem do corpo. A gente ficou esperando de cinco a dez minutos, enquanto a água e a espuma saíam do corpo dele. Ele ficou 24h em observação. O problema é que, quando a água salgada entra no organismo, a pessoa pode ter um segundo ‘afogamento’. Ela pode estar dormindo naquela noite e se afogar, até morrer. Ele ficou em observação no hospital por causa disso, limpando aquela água, mas ele está bem”. Chumbinho já passa bem e está em recuperação e logo estará de volta aos outsides.
Texto by Castro Pereira Fonte Uol Fotos Lemosimagens/BBielman

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ISA WORLD JUNIOR NO RIO

Rio de Janeiro e a praia da Macumba, são a sede dos Jogos da Isa no Brasil. É o Isa World Junior Surfing Championships com teams de diversos países e Brasil, se destacando. Temos doze surfistas competindo na arena. Na Internet é ao vivo. Já estamos no quinto dia de competições e a cobra fuma entre as delegações. Fica o destaque para a delegação da Ucrânia, os hawaiianos Shane Dorian e seu filho, que estão no Recreio e algumas outras estrelas do surf mundial. Prestigie e se informe.
Texto Castro Pereira Fotos by Pablo Jacinto/ISA

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LEGENDS DE PASSAGEM

Durante este mês de novembro algumas perdas dentro do surf internacional ocorreram e foram noticias. Primeiramente cito aqui a morte prematura do surfer balinês Febri Ansyah de 24 anos semana atrás.. Mas aqui quero referendar os legends, cuja caminhada neste planeta e no oceano, foram de grande importância para o esporte dos Reis. No inicio do mês no Hawaii faleceu o contador de histórias e big rider, bombeiro em Oahu, sujeito apreciador de Jazz e outras facetas mais, que escrevia matérias para o The Surfers Journals, Surfer entre outras, o hawaiano Kimo Hollinger, aos 84 anos de vida.
Ele começou a surfar aos dezesseis anos, mas rapidamente evoluiu para se tornar um destaque em Sunset e Waimea. Hollinger, que adorava ouvir jazz na varanda de sua casa surfou ondas sem muito da glória que seus contemporâneos tinham. Ele evitou os holofotes, mas adorou fazer parte da aventura, contando e escrevendo histórias também. Kimo nos presenteou com histórias de desastres de ondas grandes e travessuras tão nítidas que você poderia jurar que estava lá, todo molhado de tanto rir ao lado dele. Sua narrativa modesta fazia você se sentir como um irmão. Kimo diria que não é um surfista profissional, nem uma lenda. “Sou apenas um observador”, ele se autodenominou. Um observador?
No Dia de Ação de Graças de 1975, pouco antes das baterias finais do Smirnoff Pro, com o surf de Waimea crescendo em lindos 25 a 30 pés, Hollinger e um punhado de outros não competidores foram convidados pelos oficiais da Smirnoff a deixar a água. Ele saiu mas ficou puto; “um surfista treinou-se para surfar nessas ondas. É tudo o que ele pede da vida. Quem diabos é Smirnoff para dizer que ele não pode? Deus criou essas ondas”. Esse era Kimo!


MARK MARTINSON
Nascido em 1947, Martinson cresceu em Long Beach, California, aprendeu a surfar em 1957, foi vice-campeão da West Coast Champions em 62 e em 65 venceu o altamente competitivo campeonato dos EUA. Após o Campeonato Mundial de 1965 no Peru, Martinson recebeu seu aviso de chamada no Exército dos EUA, o que o motivou a pegar a estrada com Greg MacGillivray e Jim Freeman. Ele estrelaria filmes como “Free and Easy” e “Waves of Change” e eventualmente entraria em contato com o governo dos EUA em 1971 (mas durou apenas três semanas no treinamento básico devido à asma). Assim não foi ao Vietnã.
Quando surgiu a Revolução das Pranchas, ele se adaptou e continuou esculpindo. Com o ressurgimento do longboard dos anos 90, ele foi comandado pela Robert August Surfboards em Huntington Beach, onde produziu uma linha de pranchas impecáveis. Ele nos deixa aos 77 anos. Seu sorriso, boa índole e humildade farão falta no oceano.

MIKE MOIR
As imagens de Mike Moir alimentaram muito amor pela Califórnia, sua cultura, seu surf de alto desempenho e suas imagens. Mike Moir era, antes de tudo, um surfista. Sua paixão pelas ondas o levou a explorar o mundo da fotografia, capturando a essência do esporte nas praias de Huntington e Newport desde os anos 60. Nos anos 70, ele testemunhou e registrou as transformações dramáticas no mundo do surfe em Orange County. Das praias de Huntington Beach até Newport e, ocasionalmente, em Salt Creek. Sua contribuição foi fundamental para a evolução da cultura do surfe, indo além das fronteiras da Califórnia.
Moir era um fotógrafo “old school”, produzindo seu melhor trabalho em uma época em que os fotógrafos lidavam com rolos de filme Kodak de 24 ou 36 poses.
Mike Moir deixa um legado inestimável na comunidade do surfe, e sua ausência será profundamente sentida. Seu amor pela arte, dedicação à cultura do surfe e contribuição para a história da fotografia de surf serão lembrados e apreciados por muitas gerações. Ele nos deixou aos 76 anos dias atrás.
Texto by Castro Pereira Fontes Instagram/Hardcore/TSJournals

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CHILE – PAN AMERICANO E BRASILEIROS

As finais do Pan foram disputadas na segunda-feira dia 30, com ondas de três metros e fortes correntes em Punta de Los Lobos. Destaque para Tatiane que conquistou medalha de Ouro na pranchinha. No longboard, Carlos Bahia fez interferência na final e acabou com a medalha de Bronze. A carioca Chloé Calmon, sofreu virada da peruana, Maria Fernada Reys e saiu com a Prata. No SUP wave Aline Adisaka, foi superada pela colombiana, Isabella Gomez e ficou com a Prata. Luiz Diniz, também ficou com a Prata no SUP. Parabéns a todo team Brasil que representou muito bem nossa bandeira naquelas águas.
Texto by Castro Pereira Fotos Willlucas/PJimenez/PFranco/ISA