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WSL – FILIPE TOLEDO VENCE NA GOLD COAST, ÍTALO SEGUE LÍDER

  • O público australiano e brasileiro lotou gramado, pedras e praia de Burleigh Heads.
  • Filipe Toledo consuma revanche de 2015 contra Julian Wilson.
  • Sakura Johnson vence a local Sally Fitzgibbons e ganha 7 posições no ranking.
  • Projeto Mission Makers entrevista Filipe Toledo na véspera da final

Por Mozart Tupinambá

FEMININO

O dia começou cedo com a vitória da tahitiana Vahine Fierro sob a brasileira Luana Silva, essa que entra na linha de corte do meio do ano. Bettylou Sakura Johnson venceu tanto Molly Picklum quanto Vahine para chegar a final. Do outro lado da chave, Erin Brooks somou 17 pontos de backside para superar a oito vezes campeã, Stephanie Gilmore. Sally Fitzgibbons superou a atleta da Bonsoy, IIsabella Nichols, e deixou para trás Erin, em uma bateria com poucas ondas e mar em transformação. Sakura fez uma final impecável contra Sally, somou 15 pontos e caminha a passos largos para fazer o corte.

MASCULINO

Toledo começou o dia superando Yago Dora e mais tarde fez uma nota 10 contra Alejo Muniz, que por sua vez havia vencido o local do pico e campeão do último WQS de Burleigh Heads, Morgan Cibilic. Do outro lado da chave, Julian Wilson despachou Miguel Pupo, e Kanoa Igarashi disputou onda a onda com Jordy Smith, com múltiplas viradas e vitória do japonês, que perdeu a disputa apertada contra Julian. Com as perdas de Jordy Smith e Yago Dora, Ítalo Ferreira segue líder do ranking e veste a lycra amarela na próxima etapa de Margaret River com mais de 3 mil pontos a frente.

FINAL MASCULINA

A final reservou grandes emoções, com a praia lotada e um arco íris absurdo para celebrar o grande dia, Julian começou na frente, mas logo foi superado pelos scores em aéreos incríveis de Filipe Toledo. A melhor nota da bateria veio em duas manobras de borda de Filipe, com 9,07. Julian Wilson quase virou no final com um 8,40, mas não teve o score suficiente para vencer, coroando Filipe Toledo campeão do Gold Coast PRO e consumando a revanche de 2015. A final gerou polêmica entre brasileiros e australianos devido as notas dos juízes, que dessa vez entregaram o julgamento subjetivo do surf ao brasileiro, diferente do que aconteceu inúmeras vezes ao longo da história do surf profissional, esse que por sua vez completa 50 anos em 2026 com um circuito épico e novidades importantes.

MISSION MAKERS

O projeto social seguiu e nesse dia, após as quartas de final, conseguimos a entrevista com o Filipe Toledo para falar da importância do Instituto Filipe Toledo, IFT77, para cuidar das crianças da região de onde ele nasceu e tem família, devolver o que o surf lhe deu, com trabalho social e esportivo de alta performance, formando sociedade e futuros atletas que podem nos dar muito orgulho. A entrevista podes conferir no instagram @missionmakers.ai e o trabalho do IF77 no site da organização.

PRÓXIMA ETAPA E MID SEASON CUT, CORTE DO MEIO DO ANO

A próxima etapa acontece já no dia 17, sábado, em Margaret River. Na quinta feira toda a equipe de produção e transmissão deve já estar a postos, realizando as ações sociais e apresentação dos atletas na sexta feira. A etapa tende a ser uma das mais emocionantes, pois corações de atletas devem se partir e de outros se alegrar, pois acontecerá o corte do meio do ano, e 22 no masculino + 10 no feminino terão o privilégio de garantir vaga em Trestles, Rio, J-Bay e Tahiti, últimas 4 etapas do ano antes do Final Five em Cloudbreak, Fiji.

 

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WSL – BRASILEIROS AVANÇAM NA GOLD COAST EM DOIS DIAS ÉPICOS

  • Quartas de final definidas em baterias épicas em dois dias de sol e altas ondas em Burleigh Heads, Gold Coast PRO 2025.
  •  Projeto social da Mission Makers a todo vapor, já conta com depoimento das marcas Hydralyte, Bonsoy e I-SEA.Por Mozart TupinambáFEMININO
    Depois de dois dias off, o campeonato voltou com tudo em dois dias clássicos, a categoria feminino iniciou com vitória da Luana Silva, aniversariante do dia de ontem, em cima da líder do ranking, Gabriela Bryan. Molly Picklum foi a destaque da rodada e pode assumir a lycra amarela na próxima bateria, já que Stephanie Gilmore superou a pupila, Caitlyn Simmers.

MASCULINO

Em dois dias intensos e viradas emocionantes na última onda, a categoria masculino colocou os corações para trabalhar. Destaque para os brasileiros e para os dois wildcards australianos locais: Morgan Cibilic e Julian Wilson. Uma quartas de final brasileira entre Filipe Toledo e Yago Dora promete comprometer o espaço aéreo de Burleigh Heads, Filipe acertou 2 full rotations nos últimos dois rounds. Ítalo Ferreira e Julian Wilson caíram em uma chamada ainda em “morning sickness” com tamanho  já expressivo no dia de hoje e a fatura saiu melhor para o Australiano, que nessa fase fez um “feijão com arroz” bem feito, o suficiente para ganhar confiança e arrebentar no próximo round, declarando que “o trem está de volta” e terá Miguel Pupo pela frente. Alejo Muniz protagonizou duas viradas emocionantes que deixaram o técnico Adriano de Souza maluco na área técnica. O último heat das quartas de finais promete pegar fogo entre os “regular foot” Kanoa Igarashi e Jordy Smith, fizeram ondas absurdas em um mar clássico no final de tarde em Burleigh Heads e um deles devem representar um país diferente do eixo brasil-austrália nas semi finais.

IMPACTO SOCIAL

O nosso projeto da Mission Makers segue entrevistando as organizações parceiras do evento e buscando compreender o que essas empresas tem feito na área da responsabilidade social e ambiental. Bonsoy é destaque pela sua preocupação com produção orgânica de alimentos, Hydralyte apoia um projeto lindo de mental health nas escolas chamado One Wave is a Little Takes, já a californiana I-SEA sunglasses nos apresentou seu conceito de produtos recicláveis e campanha de boas ações em uma série de óculos que remete ao procedimento RCP (CPR em inglês), no qual considera fundamental a vida.

CHAMADA PARA O ÚLTIMO DIA

Previsão de possíveis boas ondas para o dia 10 na Austrália, grande possibilidade de o campeonato terminar nesse sábado com 14 rounds (mais ou menos 7 horas de cronograma, terminando por volta das 2 da madrugada no Brasil). Isso deve acontecer se for mantido o padrão das chamadas anteriores, especialmente do dia de hoje, onde o mar teve uma evolução ao longo do dia entre períodos de sol, chuva, vento terral, arco íris e tubos ao final de tarde.

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WSL – COBERTURA ODS NA GOLD COAST 2025 E FINAL VOLTA A PIPE EM 2026

– Dia de muitas novidades na WSL para o 50º ano de existência do Circuito Mundial.
– Cobertura “in loco” do Ondas do Sul na Gold Coast em parceria com a Startup Mission Makers.
– Boas ondas em Burleigh Heads, com previsão de chamada para amanhã e previsão de swell novamente para o final da janela.

Por Mozart Tupinambá

Muito feliz de chegar na Gold Coast, poder curtir o primeiro dia de evento em um clima excelente e boas ondas na praia de Burleigh Heads. De quebra receber a notícia da evolução do calendário do circuito mundial, que para 2026 contará com final em Pipe, Cloudbreak na temporada regular, fim do corte no meio do ano (corte reduzido apenas no final) e aumento no número de surfistas no tour. Destaque para o aumento de 16 para 24 mulheres na temporada, e as etapas terão um formato mais direto, sem rodadas mornas isentas de eliminação – é tudo ou nada desde o começo.

Quanto a nossa cobertura, estaremos com a incrível oportunidade de cobrir tanto o surf quanto fazer a busca em evidenciar as ações de impacto social e ambiental do evento através do trabalho da Mission Makers AI. A Mission é uma startup minha e da Larissa Tiemi Nakano, com enfoque total em impacto social e ambiental, e levaremos em consideração a produção de conteúdo relacionada as ações Rising Tides e One Ocean da WSL, bem como as ações de patrocinadores, parceiros do evento, atletas e comissões técnicas que contemplem a temática de impacto.

Já a temporada 2026 que celebra os 50 anos do surfe profissional da WSL vai rolar de abril a dezembro, passando por 12 picos lendários:

  • CT1: Bells Beach, Victoria, Austrália (em abril)
  • CT2: Margaret River, Austrália Ocidental, Austrália
  • CT3: Snapper Rocks, Queensland, Austrália
  • CT4: Punta Roca, El Salvador
  • CT5: Saquarema, Brasil
  • CT6: Jeffreys Bay, África do Sul
  • CT7: Teahupo’o, Taiti
  • CT8: Cloudbreak, Fiji
  • CT9: Lower Trestles, Califórnia, EUA*
  • CT10: Surf Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos
  • CT11: Peniche, Portugal
  • CT12: Pipe Masters, Havaí, EUA** (em dezembro)*Fim da temporada regular, início da pós-temporada
    **Campos completos do CT se juntam aos surfistas da pós-temporada para competir pelos títulos do Pipe Masters

O novo formato traz uma temporada regular com nove etapas e uma reta final afunilada, com os melhores surfistas disputando tudo na pós-temporada e em Pipeline, etapa com 1,5x de valor em pontos, onde o título mundial será decidido cojuntamente com o retorno da marca Pipeline Masters para o circuito, retomando as raízes lendárias do circuito mundial.

Já o dia de hoje em Burleigh Heads, na Gold Coast, as baterias iniciais do round não eliminatório aqueceu os motores para o que vem por aí. Contou com os melhores do mundo em ondas de meio metro, quatro pés funcionando mesmo com a bancada totalmente fora do lugar devido ao ciclone Alfred. O dia de sol e chuva contou com muitas atrações na beira de praia e a presença forte do público local, que deve lotar nesse domingo de feriado local, com shows de música ao vivo e atrações das marcas patrocinadoras do evento.

Nas competições, destaque para as performances de Molly Picklum e Caroline Marks no feminino, com a brasileira Luana Silva avançando direto ao próximo round. Stephanie Gilmore retorna ao tour . No masculino, Ítalo Ferreira e Liam O’brien tiveram as maiores notas, e tudo na mesma bateria, fazendo valer a pena conferir novamente o condensed heat no site da WSL, que mandou Julian Wilson, vencedor do trials e campeão na Gold em 2018, para a repescagem com notas altas. Aos demais brasileiros, acompanharemos Edgard Groggia na busca para avançar ao Round 32, e vitória de suas baterias para Filipe Toledo, Samuel Pupo, Alejo Muniz, Deivid Silva e Yago Dora. Vale a pena atualizar o Fantasy logo depois do elimination round amanhã.

Fica ligado que ainda teremos mais duas matérias por aqui, uma sobre impacto social e ambiental by Mission Makers, e outra sobre o final do evento.

BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Two-time WSL Champion Filipe Toledo of Brazil surfs in Heat 11 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Eight-time WSL Champion Stephanie Gilmore of Australia surfs in Heat 2 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Eight-time WSL Champion Stephanie Gilmore of Australia after surfing in Heat 2 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Crowd during the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 2: Luana Silva of Brazil during the rising tides program prior to the commencement of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 2, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Seth Moniz of Hawaii surfs in Heat 7 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Ian Gentil of Hawaii surfs in Heat 8 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)