A praia de Pipeline na costa norte de Oahu, foi o local que abrigou o Vans Pipemasters 2023. Quarenta homens e vinte mulheres convidados fizeram os embates, num swell que iniciou bem e terminou poderoso. Depois de três dias na terça-feira passada os campeões foram apontados e com um mar de responsa, tubos para dois lados e alguns pesados além de velozes na faixa de três metros. Na masculino, John John Florence que num heat caiu com seus irmãos, Nathan e Ivan fez a final com os hawaiianos; Makana Pang, Billy Kemper e Seth Moniz. John John venceu a bagaça saindo a mil dos tubos e demonstrando maestria.
Na área das meninas, a hawaiiana Moana Jones Wong conhecedora do pico faturou a parada. Entrou na final com; Carissa Moore, Molly Picklum e Erin Brocks, menina talentosa. Moana finalizou canudos impressionantes e venceu mais uma vez. Ela é conhecida como a Rainha de Pipe.
A fatura foi de US$ 100 mil para cada um dos campeões. Bravos a Vans!
Texto by Castro Pereira Fotos Vansmasterpipe/Jimicane
Autor: Castro Pereira
VANS – HAWAIIANOS REPRESENTAM
A arena mais radical e perigosa do planeta, a praia de Pipeline na costa norte de Oahu, foi o local que abrigou o Vans Pipemasters 2023. Quarenta homens e vinte mulheres convidados fizeram os embates, num swell que iniciou bem e terminou poderoso. A competição teve três rounds de 30 minutos com quatro surfistas cada e sem eliminações, sempre contando as três melhores ondas. John John teve a proeza de cair em uma bateria com seus irmãos, mas as mulheres foram destaque nessa edição. Próxima matéria vem com os destaques e resultados.
Texto by Castro Fotos By Vans/Insta/Jimmicane
RIO DE JANEIRO – KAINALO E O ISA
Registrando; dias atrás o brasileiro Ryan Kainalo, venceu a categoria principal do evento a sub-18 e levou medalha de ouro. Na final ele destruiu as marolas da Macumba e fechou a fatura. Teve também mais as medalhas de bronze e cobre na categoria sub-16, com Guilherme Lemos e Ryan Coelho. Esses resultados ajudaram o Brasil a vencer por equipes. Os ianques ficaram em segundo lugar. Grandes personagens do surf mundial estiveram presentes no evento, alguns com os filhos e outros como técnicos. Barton Linch, ex-campeão mundial, Shane Dorian, Courtney Conlogue e outros mais.
Fazia 20 anos que o Brasil não vencia, a última vez foi em Durban na África do sul em 2003. Esse foi o ISA Surfing Games no Brasil com várias equipes de vários países finalizado semanas atrás.
Texto by Castro Pereira Fotos SeanEvans/ISA/PJimenes
CHUMBINHO APAGA EM PIPE
João Chianca, o Chumbinho estava treinando para o inicio do tour que ocorre em janeiro próximo em Pipe, quando do nada não conseguiu completar um drop cascudo e sofreu uma queda sinistra. O oceano desceu sobre seu corpo que acabou apagando. Segundo Guilherme Tâmega, hexacampeão mundial de bodyboard e salva-vidas em Pipeline, que foi o responsável por prestar os primeiros socorros a João, a sorte dele foi o leash não arrebentar. A prancha boiando é sinal que ele está ali embaixo. O surfista ficou cerca de 2min30s a 3min submerso e bebeu muita água salgada e com o impacto nágua ele bateu a cabeça no coral e apagou.
Tâmega comentou em entrevista que João; “Ele tinha pulsação, respiração. O procedimento neste caso é colocar o corpo de lado e deixar a espuma e a água salgada saírem do corpo. A gente ficou esperando de cinco a dez minutos, enquanto a água e a espuma saíam do corpo dele. Ele ficou 24h em observação. O problema é que, quando a água salgada entra no organismo, a pessoa pode ter um segundo ‘afogamento’. Ela pode estar dormindo naquela noite e se afogar, até morrer. Ele ficou em observação no hospital por causa disso, limpando aquela água, mas ele está bem”. Chumbinho já passa bem e está em recuperação e logo estará de volta aos outsides.
Texto by Castro Pereira Fonte Uol Fotos Lemosimagens/BBielman
ISA WORLD JUNIOR NO RIO
Rio de Janeiro e a praia da Macumba, são a sede dos Jogos da Isa no Brasil. É o Isa World Junior Surfing Championships com teams de diversos países e Brasil, se destacando. Temos doze surfistas competindo na arena. Na Internet é ao vivo. Já estamos no quinto dia de competições e a cobra fuma entre as delegações. Fica o destaque para a delegação da Ucrânia, os hawaiianos Shane Dorian e seu filho, que estão no Recreio e algumas outras estrelas do surf mundial. Prestigie e se informe.
Texto Castro Pereira Fotos by Pablo Jacinto/ISA
LEGENDS DE PASSAGEM
Durante este mês de novembro algumas perdas dentro do surf internacional ocorreram e foram noticias. Primeiramente cito aqui a morte prematura do surfer balinês Febri Ansyah de 24 anos semana atrás.. Mas aqui quero referendar os legends, cuja caminhada neste planeta e no oceano, foram de grande importância para o esporte dos Reis. No inicio do mês no Hawaii faleceu o contador de histórias e big rider, bombeiro em Oahu, sujeito apreciador de Jazz e outras facetas mais, que escrevia matérias para o The Surfers Journals, Surfer entre outras, o hawaiano Kimo Hollinger, aos 84 anos de vida.
Ele começou a surfar aos dezesseis anos, mas rapidamente evoluiu para se tornar um destaque em Sunset e Waimea. Hollinger, que adorava ouvir jazz na varanda de sua casa surfou ondas sem muito da glória que seus contemporâneos tinham. Ele evitou os holofotes, mas adorou fazer parte da aventura, contando e escrevendo histórias também. Kimo nos presenteou com histórias de desastres de ondas grandes e travessuras tão nítidas que você poderia jurar que estava lá, todo molhado de tanto rir ao lado dele. Sua narrativa modesta fazia você se sentir como um irmão. Kimo diria que não é um surfista profissional, nem uma lenda. “Sou apenas um observador”, ele se autodenominou. Um observador?
No Dia de Ação de Graças de 1975, pouco antes das baterias finais do Smirnoff Pro, com o surf de Waimea crescendo em lindos 25 a 30 pés, Hollinger e um punhado de outros não competidores foram convidados pelos oficiais da Smirnoff a deixar a água. Ele saiu mas ficou puto; “um surfista treinou-se para surfar nessas ondas. É tudo o que ele pede da vida. Quem diabos é Smirnoff para dizer que ele não pode? Deus criou essas ondas”. Esse era Kimo!
MARK MARTINSON
Nascido em 1947, Martinson cresceu em Long Beach, California, aprendeu a surfar em 1957, foi vice-campeão da West Coast Champions em 62 e em 65 venceu o altamente competitivo campeonato dos EUA. Após o Campeonato Mundial de 1965 no Peru, Martinson recebeu seu aviso de chamada no Exército dos EUA, o que o motivou a pegar a estrada com Greg MacGillivray e Jim Freeman. Ele estrelaria filmes como “Free and Easy” e “Waves of Change” e eventualmente entraria em contato com o governo dos EUA em 1971 (mas durou apenas três semanas no treinamento básico devido à asma). Assim não foi ao Vietnã.
Quando surgiu a Revolução das Pranchas, ele se adaptou e continuou esculpindo. Com o ressurgimento do longboard dos anos 90, ele foi comandado pela Robert August Surfboards em Huntington Beach, onde produziu uma linha de pranchas impecáveis. Ele nos deixa aos 77 anos. Seu sorriso, boa índole e humildade farão falta no oceano.
MIKE MOIR
As imagens de Mike Moir alimentaram muito amor pela Califórnia, sua cultura, seu surf de alto desempenho e suas imagens. Mike Moir era, antes de tudo, um surfista. Sua paixão pelas ondas o levou a explorar o mundo da fotografia, capturando a essência do esporte nas praias de Huntington e Newport desde os anos 60. Nos anos 70, ele testemunhou e registrou as transformações dramáticas no mundo do surfe em Orange County. Das praias de Huntington Beach até Newport e, ocasionalmente, em Salt Creek. Sua contribuição foi fundamental para a evolução da cultura do surfe, indo além das fronteiras da Califórnia.
Moir era um fotógrafo “old school”, produzindo seu melhor trabalho em uma época em que os fotógrafos lidavam com rolos de filme Kodak de 24 ou 36 poses.
Mike Moir deixa um legado inestimável na comunidade do surfe, e sua ausência será profundamente sentida. Seu amor pela arte, dedicação à cultura do surfe e contribuição para a história da fotografia de surf serão lembrados e apreciados por muitas gerações. Ele nos deixou aos 76 anos dias atrás.
Texto by Castro Pereira Fontes Instagram/Hardcore/TSJournals
CHILE – PAN AMERICANO E BRASILEIROS
As finais do Pan foram disputadas na segunda-feira dia 30, com ondas de três metros e fortes correntes em Punta de Los Lobos. Destaque para Tatiane que conquistou medalha de Ouro na pranchinha. No longboard, Carlos Bahia fez interferência na final e acabou com a medalha de Bronze. A carioca Chloé Calmon, sofreu virada da peruana, Maria Fernada Reys e saiu com a Prata. No SUP wave Aline Adisaka, foi superada pela colombiana, Isabella Gomez e ficou com a Prata. Luiz Diniz, também ficou com a Prata no SUP. Parabéns a todo team Brasil que representou muito bem nossa bandeira naquelas águas.
Texto by Castro Pereira Fotos Willlucas/PJimenez/PFranco/ISA
CHILE – PAN-AMERICANO DE SANTIAGO 2023
Atletas de diversos paises se encontram em Punta de Los Lobos, Chile para disputarem medalhas dos jogos do Pan nas categorias, Surf, Sup wave, longbooard e Sup Race. A competição iniciou na terça-feira passada e na quarta de boas ondas a brasucada já foi destaque. Entre eles; na longboard Chloé Calmon e Carlos Bahia, passaram suas fases. Na pranchinha, Krystian Kymerson, Marcos Correa, Silvana Lima e Tatiane Weston Webb, deram recado. No supwave Aline Adisaka e Luiz Diniz, seguiram firme.
Porem veio a quinta-feira e as geladas esquerdas, rumando forte na bancada fizeram baixas no nosso team. No longboard Chloé e Bahia venceram as repescagens e estão nas semi-finais. Na pranchinha, Kymerson que vinha bem foi derrotado pelo peruano Lucca Messina, numa bateria polemica. Ele chegou a ser anunciado vencedor da bateria. Já Silvana Lima que vinha bem também caiu frente a peruana Sol Aguirre. Já Tatiane venceu a canadense Sanoa Demple-Olin e agora vai se encontrar com a peruana Daniella Rosas.
Segundo os organizadores, o cronograma foi modificado devido haver possibilidades da entrada de um sólido swell nos próximos dias. Vamos aguardar novidades direto da bancada de Punta que está fumegando.
Texto by Castro Pereira Fotos PFranco/PJimenez
RIO – SAQUAREMA SAMUEL VENCE
E as finais foram disputadas em um mar com boas condições regulares de 1,5 metro no point de Itaúna, lá em Saquarema no dia 21 passado. Na sexta passada, as oitavas foram feitas com ondas irregulares, com mais de 2,5 metros fortes correntes e series deformadas. E além de todos confrontos, existia a chance de alguns ingressarem no tour de 2024 da WSL. Os brasileiros tinham vários candidatos que foram caindo dia após dia na competição. Mas na sexta-feira Samuel Pupo, corajosamente carimbou sua vaga, Michael Rodrigues que venceu sua bateria nas oitavas, continuou sua caminhada. Matheus Herdy que vinha apresentando um power surf, caiu nas oitavas e ficou sem vaga. Quem também ficou pelas oitavas foi Miguel Pupo, que já possuiu vaga para 2024.
No sábadão as minas realizaram suas finais. E a estreante Erin Brooks, canadense venceu a aussie, Sophie McCulloch, entre erros e acertos no sobe e desce das ondas, a bateria foi decidida nos cinco minutos finais. Erin amarradona com o resultado comentou que; “estava feliz por se requalificar para 2024 e espera poder usar mais os aéreos na próxima temporada. Ela também amou o lugar, as pessoas, a comida e as ondas”.
Na área dos boludos o couro comeu e surpresas foram ocorrendo, até chegar a grande final com o brasileiro Samuel Pupo. Nas quartas, Michael Rodrigues se despediu do evento e sem se classificar para 2024 por pouco. Já Samuel venceu a Marco Mignot, frânces por 14.00 pontos cravados e colocou Deivid Silva para dentro do tour em 2024. Na semi-final ele passou firme pelo hawaiiano Eli Hanneman fazendo 13.50 e na final arregaçou com o taihitiano Mihimana Braye, metendo 14.17 na somatória, vencendo a bagaça e levantando a taça em Saquarema. Levou um punhado de dólares e pontos no ranking da WSL. Finalizando o Corona Saquarema Pro temos dez brasileiros no tour na próxima temporada e com a proteção de Deus.
Texto by Castro Pereira Fotos By WSL/ThiagoDiz/GabrielRios/Smorigo
CHALLENGER SERIES – RIO SAQUAREMA
E iniciou mais uma vez na esfuziante cidade do litoral fluminense, Saquarema mais uma etapa dos Challenger Series da WSL. E como sempre contando com boas ondas e uma programação bem diversificada nesta temporada. Além do surf, jogos e interação geral do público, baterias especiais de legends e outros papos mais. Enquanto isso a brasucada vai sentando o pé nas ondas, disputando no mano a mano com surfistas de outros países, que estão além de afiados tecnicamente, encorajados pela nossa sequencia de vitórias. Traduzindo: nada como arrumar um grande resultado entre os brasileiros e no quintal deles.
Os primeiros dias já apontaram que o arranca rabo para pontos e classificação para 2024 no tour é constante. A praia de Itaúna fumando, galera de olho, praia cheia e resultados conquistados no virar de finais de heats. Assim como performances de tirar o fôlego. Os rounds desta segunda-feira (dia16) apontaram cinco brasileiros, Matheus Herdy, Michael Rodrigues, Heitor Muller, Miguel e Samuel Pupo nas oitavas, depois de muito sobe e desce mar. Entre as meninas tinhamos Luana Silva e Taina Hinckel, disputando vagas no tour. Porem elas caíram na terça passada. Agora só as gringas nas quartas e com vagas preenchidas para 2024. Para os homens ainda existem cinco vagas em disputa.
Os homens voltam ao mar na quinta-feira, que tem chamada cedo no point. Porem as finais podem ser realizadas na sexta ou sábado, quando as marolas podem chegar aos dois metros na arena de Saquá. Aguardem novidades!
Texto by Castro Pereira Fotos WSL/Smorigo/TDiz
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