O público australiano e brasileiro lotou gramado, pedras e praia de Burleigh Heads.
Filipe Toledo consuma revanche de 2015 contra Julian Wilson.
Sakura Johnson vence a local Sally Fitzgibbons e ganha 7 posições no ranking.
Projeto Mission Makers entrevista Filipe Toledo na véspera da final
Por Mozart Tupinambá
FEMININO
O dia começou cedo com a vitória da tahitiana Vahine Fierro sob a brasileira Luana Silva, essa que entra na linha de corte do meio do ano. Bettylou Sakura Johnson venceu tanto Molly Picklum quanto Vahine para chegar a final. Do outro lado da chave, Erin Brooks somou 17 pontos de backside para superar a oito vezes campeã, Stephanie Gilmore. Sally Fitzgibbons superou a atleta da Bonsoy, IIsabella Nichols, e deixou para trás Erin, em uma bateria com poucas ondas e mar em transformação. Sakura fez uma final impecável contra Sally, somou 15 pontos e caminha a passos largos para fazer o corte.
MASCULINO
Toledo começou o dia superando Yago Dora e mais tarde fez uma nota 10 contra Alejo Muniz, que por sua vez havia vencido o local do pico e campeão do último WQS de Burleigh Heads, Morgan Cibilic. Do outro lado da chave, Julian Wilson despachou Miguel Pupo, e Kanoa Igarashi disputou onda a onda com Jordy Smith, com múltiplas viradas e vitória do japonês, que perdeu a disputa apertada contra Julian. Com as perdas de Jordy Smith e Yago Dora, Ítalo Ferreira segue líder do ranking e veste a lycra amarela na próxima etapa de Margaret River com mais de 3 mil pontos a frente.
FINAL MASCULINA
A final reservou grandes emoções, com a praia lotada e um arco íris absurdo para celebrar o grande dia, Julian começou na frente, mas logo foi superado pelos scores em aéreos incríveis de Filipe Toledo. A melhor nota da bateria veio em duas manobras de borda de Filipe, com 9,07. Julian Wilson quase virou no final com um 8,40, mas não teve o score suficiente para vencer, coroando Filipe Toledo campeão do Gold Coast PRO e consumando a revanche de 2015. A final gerou polêmica entre brasileiros e australianos devido as notas dos juízes, que dessa vez entregaram o julgamento subjetivo do surf ao brasileiro, diferente do que aconteceu inúmeras vezes ao longo da história do surf profissional, esse que por sua vez completa 50 anos em 2026 com um circuito épico e novidades importantes.
MISSION MAKERS
O projeto social seguiu e nesse dia, após as quartas de final, conseguimos a entrevista com o Filipe Toledo para falar da importância do Instituto Filipe Toledo, IFT77, para cuidar das crianças da região de onde ele nasceu e tem família, devolver o que o surf lhe deu, com trabalho social e esportivo de alta performance, formando sociedade e futuros atletas que podem nos dar muito orgulho. A entrevista podes conferir no instagram @missionmakers.ai e o trabalho do IF77 no site da organização.
PRÓXIMA ETAPA E MID SEASON CUT, CORTE DO MEIO DO ANO
A próxima etapa acontece já no dia 17, sábado, em Margaret River. Na quinta feira toda a equipe de produção e transmissão deve já estar a postos, realizando as ações sociais e apresentação dos atletas na sexta feira. A etapa tende a ser uma das mais emocionantes, pois corações de atletas devem se partir e de outros se alegrar, pois acontecerá o corte do meio do ano, e 22 no masculino + 10 no feminino terão o privilégio de garantir vaga em Trestles, Rio, J-Bay e Tahiti, últimas 4 etapas do ano antes do Final Five em Cloudbreak, Fiji.
Filipe Toledo of Brazil after winning the Final of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Filipe Toledo of Brazil and Julian Wilson of Australia after the Final of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Filipe Toledo of Brazil after winning the Final of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
The crowd after the Final of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Julian Wilson of Australia prior to surfing in the Final of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Filipe Toledo of Brazil prior to surfing in the Final of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Bettylou Sakura Johnson of Hawaii after winning the Final of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
A rainbow during the Final of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Kanoa Igarashi of Japan surfs in Heat 2 of the Semifinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Alejo Muniz of Brazil surfs in Heat 1 of the Semifinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Filipe Toledo of Brazil surfs in Heat 1 of the Semifinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
The crowd during the Semifinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Sally Fitzgibbons of Australia surfs in Heat 2 of the Semifinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Vahine Fierro of France surfs in Heat 1 of the Semifinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Joel Parkinson of Australia surfs in the Heritage Heat at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Mick Fanning of Australia surfs in the Heritage Heat at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Jordy Smith of South Africa surfs in Heat 4 of the Quarterfinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Miguel Pupo of Brazil surfs in Heat 3 of the Quarterfinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Alejo Muniz of Brazil surfs in Heat 2 of the Quarterfinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Isabella Nichols of Australia surfs in Heat 4 of the Quarterfinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Sally Fitzgibbons of Australia surfs in Heat 4 of the Quarterfinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Erin Brooks of Canada and Eight-time WSL Champion Stephanie Gilmore of Australia after surfing in Heat 3 of the Quarterfinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Erin Brooks of Canada surfs in Heat 3 of the Quarterfinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Eight-time WSL Champion Stephanie Gilmore of Australia surfs in Heat 3 of the Quarterfinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
Luana Silva of Brazil surfs in Heat 1 of the Quarterfinals at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 10, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
Quartas de final definidas em baterias épicas em dois dias de sol e altas ondas em Burleigh Heads, Gold Coast PRO 2025.
Projeto social da Mission Makers a todo vapor, já conta com depoimento das marcas Hydralyte, Bonsoy e I-SEA.Por Mozart TupinambáFEMININO
Depois de dois dias off, o campeonato voltou com tudo em dois dias clássicos, a categoria feminino iniciou com vitória da Luana Silva, aniversariante do dia de ontem, em cima da líder do ranking, Gabriela Bryan. Molly Picklum foi a destaque da rodada e pode assumir a lycra amarela na próxima bateria, já que Stephanie Gilmore superou a pupila, Caitlyn Simmers.
MASCULINO
Em dois dias intensos e viradas emocionantes na última onda, a categoria masculino colocou os corações para trabalhar. Destaque para os brasileiros e para os dois wildcards australianos locais: Morgan Cibilic e Julian Wilson. Uma quartas de final brasileira entre Filipe Toledo e Yago Dora promete comprometer o espaço aéreo de Burleigh Heads, Filipe acertou 2 full rotations nos últimos dois rounds. Ítalo Ferreira e Julian Wilson caíram em uma chamada ainda em “morning sickness” com tamanho já expressivo no dia de hoje e a fatura saiu melhor para o Australiano, que nessa fase fez um “feijão com arroz” bem feito, o suficiente para ganhar confiança e arrebentar no próximo round, declarando que “o trem está de volta” e terá Miguel Pupo pela frente. Alejo Muniz protagonizou duas viradas emocionantes que deixaram o técnico Adriano de Souza maluco na área técnica. O último heat das quartas de finais promete pegar fogo entre os “regular foot” Kanoa Igarashi e Jordy Smith, fizeram ondas absurdas em um mar clássico no final de tarde em Burleigh Heads e um deles devem representar um país diferente do eixo brasil-austrália nas semi finais.
IMPACTO SOCIAL
O nosso projeto da Mission Makers segue entrevistando as organizações parceiras do evento e buscando compreender o que essas empresas tem feito na área da responsabilidade social e ambiental. Bonsoy é destaque pela sua preocupação com produção orgânica de alimentos, Hydralyte apoia um projeto lindo de mental health nas escolas chamado One Wave is a Little Takes, já a californiana I-SEA sunglasses nos apresentou seu conceito de produtos recicláveis e campanha de boas ações em uma série de óculos que remete ao procedimento RCP (CPR em inglês), no qual considera fundamental a vida.
CHAMADA PARA O ÚLTIMO DIA
Previsão de possíveis boas ondas para o dia 10 na Austrália, grande possibilidade de o campeonato terminar nesse sábado com 14 rounds (mais ou menos 7 horas de cronograma, terminando por volta das 2 da madrugada no Brasil). Isso deve acontecer se for mantido o padrão das chamadas anteriores, especialmente do dia de hoje, onde o mar teve uma evolução ao longo do dia entre períodos de sol, chuva, vento terral, arco íris e tubos ao final de tarde.
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 8: The lineup prior to the commencement of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 8, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: Alejo Muniz of Brazil surfs in Heat 4 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: WSL Champion Italo Ferreira of Brazil surfs in Heat 9 of the Round of 32 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: Julian Wilson of Australia surfs in Heat 9 of the Round of 32 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: Miguel Pupo of Brazil after surfing in Heat 11 of the Round of 32 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: Two-time WSL Champion Filipe Toledo of Brazil surfs in Heat 2 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: Two-time WSL Champion Filipe Toledo of Brazil after surfing in Heat 2 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: Morgan Cibilic of Australia prior to surfing in Heat 3 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: WSL Champion Adriano De Souza and Miguel Pupo of Brazil as Alejo Muniz of Brazil surfs in Heat 4 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: Fans of Kanoa Igarashi during Heat 8 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: The crowd during the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 9: Miguel Pupo of Brazil after surfing in in Heat 6 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 9, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 8: Luana Silva of Brazil surfs in Heat 1 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 8, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 8: Luana Silva of Brazil after surfing in Heat 1 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 8, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 8: Eight-time WSL Champion Stephanie Gilmore of Australia surfs in Heat 5 of the Round of 16 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 8, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 8: Morgan Cibilic of Australia after surfing in in Heat 5 of the Round of 32 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 8, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 8: Alejo Muniz of Brazil after surfing in Heat 8 of the Round of 32 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 8, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 8: Alejo Muniz of Brazil after surfing in Heat 8 of the Round of 32 at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 8, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)
– Dia de muitas novidades na WSL para o 50º ano de existência do Circuito Mundial.
– Cobertura “in loco” do Ondas do Sul na Gold Coast em parceria com a Startup Mission Makers.
– Boas ondas em Burleigh Heads, com previsão de chamada para amanhã e previsão de swell novamente para o final da janela.
Por Mozart Tupinambá
Muito feliz de chegar na Gold Coast, poder curtir o primeiro dia de evento em um clima excelente e boas ondas na praia de Burleigh Heads. De quebra receber a notícia da evolução do calendário do circuito mundial, que para 2026 contará com final em Pipe, Cloudbreak na temporada regular, fim do corte no meio do ano (corte reduzido apenas no final) e aumento no número de surfistas no tour. Destaque para o aumento de 16 para 24 mulheres na temporada, e as etapas terão um formato mais direto, sem rodadas mornas isentas de eliminação – é tudo ou nada desde o começo.
Quanto a nossa cobertura, estaremos com a incrível oportunidade de cobrir tanto o surf quanto fazer a busca em evidenciar as ações de impacto social e ambiental do evento através do trabalho da Mission Makers AI. A Mission é uma startup minha e da Larissa Tiemi Nakano, com enfoque total em impacto social e ambiental, e levaremos em consideração a produção de conteúdo relacionada as ações Rising Tides e One Ocean da WSL, bem como as ações de patrocinadores, parceiros do evento, atletas e comissões técnicas que contemplem a temática de impacto.
Já a temporada 2026 que celebra os 50 anos do surfe profissional da WSL vai rolar de abril a dezembro, passando por 12 picos lendários:
CT1: Bells Beach, Victoria, Austrália (em abril)
CT2: Margaret River, Austrália Ocidental, Austrália
CT3: Snapper Rocks, Queensland, Austrália
CT4: Punta Roca, El Salvador
CT5: Saquarema, Brasil
CT6: Jeffreys Bay, África do Sul
CT7: Teahupo’o, Taiti
CT8: Cloudbreak, Fiji
CT9: Lower Trestles, Califórnia, EUA*
CT10: Surf Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos
CT11: Peniche, Portugal
CT12: Pipe Masters, Havaí, EUA** (em dezembro)*Fim da temporada regular, início da pós-temporada
**Campos completos do CT se juntam aos surfistas da pós-temporada para competir pelos títulos do Pipe Masters
O novo formato traz uma temporada regular com nove etapas e uma reta final afunilada, com os melhores surfistas disputando tudo na pós-temporada e em Pipeline, etapa com 1,5x de valor em pontos, onde o título mundial será decidido cojuntamente com o retorno da marca Pipeline Masters para o circuito, retomando as raízes lendárias do circuito mundial.
Já o dia de hoje em Burleigh Heads, na Gold Coast, as baterias iniciais do round não eliminatório aqueceu os motores para o que vem por aí. Contou com os melhores do mundo em ondas de meio metro, quatro pés funcionando mesmo com a bancada totalmente fora do lugar devido ao ciclone Alfred. O dia de sol e chuva contou com muitas atrações na beira de praia e a presença forte do público local, que deve lotar nesse domingo de feriado local, com shows de música ao vivo e atrações das marcas patrocinadoras do evento.
Nas competições, destaque para as performances de Molly Picklum e Caroline Marks no feminino, com a brasileira Luana Silva avançando direto ao próximo round. Stephanie Gilmore retorna ao tour . No masculino, Ítalo Ferreira e Liam O’brien tiveram as maiores notas, e tudo na mesma bateria, fazendo valer a pena conferir novamente o condensed heat no site da WSL, que mandou Julian Wilson, vencedor do trials e campeão na Gold em 2018, para a repescagem com notas altas. Aos demais brasileiros, acompanharemos Edgard Groggia na busca para avançar ao Round 32, e vitória de suas baterias para Filipe Toledo, Samuel Pupo, Alejo Muniz, Deivid Silva e Yago Dora. Vale a pena atualizar o Fantasy logo depois do elimination round amanhã.
Fica ligado que ainda teremos mais duas matérias por aqui, uma sobre impacto social e ambiental by Mission Makers, e outra sobre o final do evento.
BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Two-time WSL Champion Filipe Toledo of Brazil surfs in Heat 11 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Eight-time WSL Champion Stephanie Gilmore of Australia surfs in Heat 2 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Eight-time WSL Champion Stephanie Gilmore of Australia after surfing in Heat 2 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Crowd during the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 2: Luana Silva of Brazil during the rising tides program prior to the commencement of the Bonsoy Gold Coast Pro on May 2, 2025 at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Andrew Shield/World Surf League)BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Seth Moniz of Hawaii surfs in Heat 7 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)BURLEIGH HEADS, QUEENSLAND, AUSTRALIA – MAY 3: Ian Gentil of Hawaii surfs in Heat 8 of the Opening Round at the Bonsoy Gold Coast Pro on May 3, 2025, at Burleigh Heads, Queensland, Australia. (Photo by Beatriz Ryder/World Surf League)
LOWER TRESTLES, San Clemente, Califórnia / EUA (Sexta-feira, 6 de setembro) – Caitlin Simmers e John John Florence venceram o Lexus WSL Finals e conquistaram os títulos mundiais da World Surf League em 2024, na sexta-feira de praia lotada e boas ondas em Lower Trestles, na Califórnia, Estados Unidos. A californiana se tornou a campeã mundial mais jovem da história e bateu outros recordes na decisão contra a defensora do título, Caroline Marks, que deixou a brasileira Tatiana Weston-Webb em terceiro lugar. Já o havaiano impediu o bicampeonato do Italo Ferreira e entrou no seleto grupo de 7 surfistas que ganharam 3 títulos mundiais. O brasileiro bateu três surfistas para chegar na decisão contra John John Florence.
A performance do brasileiro foi incrível, com seus aéreos liquidando os adversários que estavam pelo caminho, até a melhor de três baterias que definiria o campeão da temporada. A primeira vítima foi Ethan Ewing, derrotado com um aéreo full rotation de backside que Italo acertou na onda que pegou nos últimos segundos. Depois, o primeiro campeão olímpico da história passou fácil por outro australiano, Jack Robinson. Já a batalha com o californiano Griffin Colapinto, também foi definida no minuto final. Os dois ficaram na expectativa pelas notas e Italo venceu por 14,47 a 14,43 pontos.
Italo Ferreira usou os aéreos para liquidar seus adversários em Trestles (Crédito: @WSL / Pat Nolan)
Italo Ferreira chegou na decisão do título depois de surfar 24 ondas, ou seja, bem desgastado enquanto John John Florence aguardava quem seria seu adversário na melhor de três baterias. O potiguar ainda surfou mais duas, antes do havaiano fazer sua primeira apresentação no Lexus WSL Finals. Italo largou a frente com nota 7,33, de um aéreo full rotation de backside. John John só pegou sua primeira onda aos 20 minutos, começou com um aéreo rodando e a direita abriu para fazer mais manobras e ganhar 7,17.
Italo voa de novo em outra direita, dessa vez mais alto, faz o giro completo no ar e aterrissa com perfeição, para receber nota 8,00. Com ela, abriu 8,16 de vantagem sobre o havaiano, que só pega sua segunda onda quando restavam 3 minutos para o término da primeira bateria. John John inicia com um aéreo de grab de frontside e segue variando os ataques com batidas, rasgadas, cutbacks, ficando a expectativa pela nota. Ela só é divulgada após o término da bateria e sai 8,33, virando o placar para 15,50 a 15,33 pontos.
John John Florence com seu layback fatal que garantiu o tricampeonato mundial (Crédito: @WSL / Pat Nolan)
O brasileiro teria que vencer a próxima bateria para adiar a decisão e começa forte, atacando uma direita combinando batidas e rasgadas com velocidade, que valeram 8,17. John John Florence volta a mostrar muita paciência e precisão na escolha das melhores ondas. Ele pega uma direita da série, já começa com seu layback característico invertendo completamente a direção da prancha, recolocando no trilho para seguir massacrando a onda com batidas e rasgadas que arrancaram 9,70 dos juízes. Logo ele surfa muito bem outra onda boa, para somar 8,43. Italo Ferreira ainda acha uma esquerda para mandar um aéreo e fazer seu maior somatório na sexta-feira, mas acabou derrotado por 18,13 a 16,30 e John John festejou o tricampeonato mundial.
“Os últimos 7 anos foram muito difíceis, com tantas lesões e estou chorando de emoção”, disse John John Florence. “Minha família, minha esposa, meu filho, minha equipe, todos, eu não poderia conseguir isso sem eles, por causa das tantas lesões e dias ruins nestes últimos anos. Foi uma jornada difícil chegar aqui e é muito bom vencer novamente. A lista de nomes que têm três títulos mundiais é incrível, então é muito bom fazer parte disso agora. Estou feliz por empatar com o Gabe (Gabriel Medina), porque ele é um competidor muito forte e somos da mesma geração, entramos no CT no mesmo ano”.
John John Florence festejando o seu terceiro título mundial na World Surf League (Crédito: @WSL / Thiago Diz)
TRICAMPEÕES MUNDIAIS – O havaiano já vinha afirmando esse ano, que sua meta era igualar o tricampeonato mundial do Gabriel Medina. John John é o único surfista que conseguiu quebrar a hegemonia de títulos mundiais do Brasil na última década, ganhando o seu terceiro contra 7 da série iniciada em 2014 pelo fenômeno Gabriel Medina. Agora são 7 surfistas que ganharam 3 títulos mundiais na história da WSL. Kelly Slater é o recordista com 11, seguido pelo australiano Mark Richards com 4 e com 3 já tinham o californiano Tom Curren, o havaiano Andy Irons e o australiano Mick Fanning.
Já Italo Ferreira não conseguiu entrar no grupo dos bicampeões mundiais. John John estava nessa lista e os outros são os australianos Tom Carroll bicampeão em 1983 e 1984 e Damien Hardman, que ganhou os títulos de 1987 e 1991, o último antes da divisão do Circuito Mundial em Championship Tour e Qualifying Series em 1992. Já agora no formato WSL Finals, Filipe Toledo foi bicampeão em 2022 e 2023. Em 2022, Italo Ferreira também terminou como vice-campeão, perdendo a decisão por 2 x 0 depois de vencer três adversários, como agora contra John John Florence.
Italo Ferreira deu um show com seus aéreos na sexta-feira em Trestles (Crédito da Foto: @WSL / Tony Heff)
MAIS JOVEM DA HISTÓRIA – Na decisão do título feminino, Caitlin Simmers foi a campeã batendo recordes e registrando feitos históricos. Ela se tornou a campeã mais jovem com 18 anos e 316 dias, superando a havaiana Carissa Moore, que ganhou seu primeiro título em 2011, com 18 anos e 322 dias. Caitlin também é a primeira surfista da Califórnia a ser campeã em 40 anos, desde Kim Mearig em 1983. Isso porque as tetracampeãs Lisa Andersen e Freida Zamba, também norte-americanas, são da Flórida.
Caitlin Simmers perdeu a primeira das três decisões do título no Lexus WSL Finals. A campeã de 2023, Caroline Marks, também da Flórida como Lisa, Freida e até Kelly Slater, precisava de 9,04 para vencer. Ela destruiu a última onda que surfou com seu ataque vertical de backside e recebeu 9,60, virando o resultado para 17,43 a 16,87 pontos. A segunda batalha também foi de alto nível e Caitlin Simmers deu o troco com o maior somatório, entre homens e mulheres, da história do WSL Finals iniciada em 2021 em Trestles. Com notas 9,17 e 9,20, atingiu 18,37 pontos, novo recorde do ano no CT feminino.
Caitlin Simmers batendo recordes com seu frontside nas direitas de Trestles (Crédito: @WSL / Tony Heff)
Enquanto John John Florence manteve a escrita do líder do ranking na temporada regular, confirmar o título mundial masculino desde a estreia do WSL Finals, Caitlin Simmers tentava impedir que isso não acontecesse pela terceira vez consecutiva na decisão do título feminino. Carissa Moore manteve o primeiro lugar na estreia desse formato em 2021, derrotando a brasileira Tatiana Weston-Webb por 2 x 0 na decisão. A havaiana também chegou em Trestles em primeiro nos rankings de 2022 e 2023, porém perdeu os títulos para Stephanie Gilmore e Caroline Marks, respectivamente.
O mar já havia mudado bastante na melhor de 3 baterias e entraram apenas 3 ondas nos 35 minutos da decisão do Lexus WSL Finals de 2024. Caitlin Simmers pegou uma logo no início, que valeu 6,33. Caroline Marks começou melhor com 7,17, mas Caitlin logo deu o troco numa boa onda, que abriu a parede para fazer grandes manobras e arrancar nota 8,83 dos juízes. Foi só, porque depois não entrou mais nada de ondas e Caitlin Simmers festejou seu primeiro título mundial com toda a imensa torcida californiana.
Caitlin Simmers comemorando seu primeiro título mundial com a torcida (Crédito: @WSL / Thiago Diz)
“Esse título significa muito pra mim e nem consigo acreditar”, disse Caitlin Simmers. “Eu literalmente estava vivendo cada emoção hoje e foi uma loucura. Eu estava sentindo muito amor de todos aqui, das pessoas que me apoiam. Eu só queria ir lá e surfar como eu queria surfar, não surfar como se houvesse tanta pressão. Todo mundo está aqui porque surfar é muito bom. Estamos lá, felizes, apenas pegando ondas e isso é realmente muito bom”.
BRASIL EM TERCEIRO – A disputa do título feminino abriu o Lexus WSL Finals na sexta-feira, com o Brasil participando das primeiras baterias do dia. Isso porque Tatiana Weston-Webb e Italo Ferreira ficaram em quinto lugar nos rankings da temporada regular das 9 etapas do World Surf League Championship Tour 2024. Tatiana começou bem, surfando as melhores ondas do duelo com a número 4, Molly Picklum, derrotando a australiana por 12,74 a 9,40 pontos. Contra a costa-ricense Brisa Hennessy, a disputa foi mais acirrada, mas o 7,50 da sua segunda onda, decidiu a vitória por 13,77 a 13,17 pontos.
Tatiana Weston-Webb venceu duas adversárias e parou na defensora do título (Crédito: @WSL / Pat Nolan)
Depois, veio a reedição da decisão olímpica em Teahupo´o com a medalha de ouro, Caroline Marks. Foi uma bateria fraca de ondas e Tatiana só surfou duas, liderando a disputa com as notas 6,00 e 7,83 que conseguiu. Caroline tinha 6,50 e 6,70 e precisava de 7,14 para vencer. E entrou uma direita boa para ela quando restavam 5 minutos. A onda abriu a parede para Caroline atacar com uma incrível série de 9 batidas e rasgadas de backside, que receberam nota 7,50. Com ela, passou à frente e Tatiana Weston-Webb ficou precisando de 6,37 para reverter o placar de 14,20 a 13,83 pontos. Só que não entrou mais nada de ondas e a brasileira ficou em terceiro lugar no Lexus WSL Finals.
TRANSMISSÃO AO VIVO – Neste ano, pela primeira vez a transmissão em português pelos canais da World Surf League – WorldSurfLeague.com e Aplicativo da WSL, foi 100% produzida no Brasil e todas as etapas do World Surf League Championship Tour 2024 também foram transmitidas ao vivo pelo Sportv e Globoplay, parceiros de mídia da WSL no Brasil.
O Lexus WSL Finals foi realizado com patrocínios de Lexus, Pacifico, Red Bull, 805 Beer, SHISEIDO, YETI, Bonsoy, True Surf, Surfline, Pura Vida, Eventbrite, Vissla, Cup Noodles, Hoag, Chase Travel, Rad E Bikes, Surf Water, Blu Green Haircare, Sambazon, Florence Marine X, I-SEA, Onewheel e iHeart.
John John Florence e Caitlin Simmers com os troféus dos títulos mundiais de 2024 (Crédito: @WSL / Thiago Diz)
RESULTADOS DO LEXUS WSL FINALS 2024:
DECISÃO DO TÍTULO MUNDIAL MASCULINO:
Tricampeão mundial por 2 x 0: John John Florence (HAV)
2.a decisão: John John Florence (HAV) 18,13 x 16,30 Italo Ferreira (BRA)
1.a decisão: John John Florence (HAV) 15,50 x 15,33 Italo Ferreira (BRA)
3.a: Italo Ferreira (BRA) 14,47 x 14,33 Griffin Colapinto (EUA) em 3.o lugar
2.a: Italo Ferreira (BRA) 14,57 x 9,94 Jack Robinson (AUS) ficou em 4.o lugar
1.a: Italo Ferreira (BRA) 15,47 x 14,83 Ethan Ewing (AUS) ficou em 5.o lugar
DECISÃO DO TÍTULO MUNDIAL FEMININO:
Campeã mundial por 2 x 1: Caitlin Simmers (EUA)
3.a decisão: Caitlin Simmers (EUA) 15,16 x 7,17 Caroline Marks (EUA)
2.a decisão: Caitlin Simmers (EUA) 18,37 x 14,17 Caroline Marks (EUA)
1.a decisão: Caroline Marks (EUA) 17,43 x 16,87 Caitlin Simmers (EUA)
3.a: Caroline Marks (EUA) 14,20 x 13,83 Tatiana Weston-Webb (BRA) em 3.o lugar
2.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 13,77 x 13,17 Brisa Hennessy (CRC) em 4.o lugar
1.a: Tatiana Weston-Webb (BRA) 12,74 x 9,40 Molly Picklum (AUS) em 5.o lugar
7 SURFISTAS QUE GANHARAM 3 TÍTULOS MUNDIAIS:
11 – Kelly Slater (EUA) em 1992/94/95/96/97/98/2005/06/08/10/11
4 – Mark Richards (AUS) em 1979/80/81/82
3 – Tom Curren (EUA) em 1985/86/90
3 – Andy Irons (HAV) em 2002/03/04
3 – Mick Fanning (AUS) em 2007/09/13
3 – Gabriel Medina (BRA) em 2014/18/21
3 – John John Florence (HAV) em 2016/17/24
—————————————————–
João Carvalho – WSL Latin America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com
Gabriel Gontijo – WSL Latin America Communications –
John John Florence foi o grande campeão da etapa de El Salvador da WSL 2024. O surfista havaiano somou 16,33 pontos na final contra o brasileiro Yago Dora, que ficou com 14,44 após pegar uma onda quase perfeita. O mar, no entanto, ficou liso na metade final da bateria, e Yago não conseguiu correr atrás da virada. Com o resultado, Yago pulou da 22ª para a 8ª posição no ranking em apenas duas etapas e mostrou que entrou na briga pelo título. Já o bicampeão mundial John John ampliou sua vantagem na ponta do ranking e foi o primeiro a se garantir no top 5, os cinco melhores do mundo que vão para o Finals em setembro.
Os primeiros 12 minutos da final foram dominados pelo havaiano. Yago fez algumas tentativas que não se completaram, enquanto John John chegou a tirar 8,5 em um aéreo e ainda somou um 7,83. Faltando 18 minutos, John John somava 16,33 pontos contra apenas 7,84 do brasileiro.
Foi quando veio a manobra de Yago que arrancou gritos e aplausos de quem estava assistindo na areia. O surfista conseguiu um aéreo perfeito e comemorou cruzando os braços para, a seguir, abri-los e pedir um 10. Quase conseguiu! Com os juízes um pouco mais rígidos na final, recebeu um belo um 9,77, chegou a 14,44 (no somatório com uma onda de 4,67) e encostou em John John.
Yago Dora foto WSL
A partir daí, no entanto, as ondas praticamente sumiram. O mar ficou quase liso, com pequenas ondulações que deixaram os surfistas apenas na expectativa de uma nova onda. A poucos segundos para o fim da bateria, Yago Dora remava atrás da ondulação. John John, com prioridade, se mantinha na marcação do brasileiro. E nada de onda.
Yago Dora se classificou para a final da etapa de El Salvador da WSL neste domingo depois de vencer o australiano Jack Robinson nas quartas de final e, com um show de aéreos, derrotar Gabriel Medina em um duelo brasileiro na semifinal de Punta Roca.
Felipe Toledo reina absoluto em Saquarema e vence com direito até uma nota 10 em uma bateira verde e amarela contra Samuel Pupo, o Lider do Ranking mostra que está no melhor momento de sua carreira e mostrou “quem manda”no pico ao isolar-se como o maior campeão da etapa do Rio do Circuito Mundial com quatro canecos. Vencedor em 2015, 2018, 2019 e 2022, o paulista superou o australiano Dave Macaulay, campeão em 1988, 1989 e 1993.
Classificado para o WSL Finals em setembro, Filipe chegou a 50,040 pontos no ranking. Agora a meta do camiseta amarela é manter a liderança até o final da temporada. A próxima etapa acontece de 12 a 21 de julho em Jeffreys Bay, na África do Sul. Em agosto, o Tour chega a Teahupoʻo, no Taiti, antes da parada final em Tresltes, na Califórnia, quando apenas os cinco primeiros colocados do ranking disputarão o título da temporada.
Mais de quarenta mil pessoas assistiram e vibraram de perto com a vitoria brasileira na ja considerada “Maracanã do surf” Saquarema.
No feminino, Carissa Moore ficou com o título ao bater Johanne Defay por 15.43 a 12.33 na grande final. Foi a primeira etapa vencida pela líder do ranking, que havia perdido todas as três finais anteriores disputadas na temporada. Com a derrota na decisão, a francesa perdeu a chance de assumir a liderança do ranking.
Confira galeria exclusiva feita com exclusividade por Gabriel Gomes da família OndasdoSul
O Oi Rio Pro, apresentado por Corona e realizado por WSL (Liga Mundial de Surfe), inicia, nesta quinta-feira (23), na Praia de Itaúna, na cidade de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio, e segue até a próxima quinta-feira (30).
Com a maior estrutura de todos os tempos, a competição ocupa 3,2 mil m² de área construída. São estruturas de alumínio sobre piso de alumínio com madeira, cobertos de lona, cuja montagem levou 40 dias e levará mais 15 dias para desmontar, onde se aguarda um público recorde atraído pela competição, que conta com atletas brasileiros de elite internacional do esporte e que já trouxeram muitos títulos ao Brasil, como o tricampeão mundial (2014/18 e 21) Gabriel Medina, o campeão mundial (2019) Ítalo Ferreira, e Filipe Toledo, vice-campeão mundial (2021), e líder no ranking mundial dessa temporada.
O campeonato conta este ano com uma equipe de mais de 300 profissionais, entre staff da WSL e médico, produção, limpeza, manutenção, seguranças, entre outros.
“Sediar, mais uma vez, a etapa brasileira do Campeonato Mundial de Surf é uma grande honra e um orgulho para o nosso município. Receber o Oi Rio Pro apresentado por Corona consolida Saquarema na rota do turismo esportivo global”, afirma Manoela Peres, prefeita de Saquarema. “Em 2019, o Mundial reuniu cerca de 40 mil pessoas por dia nas areias da Praia de Itaúna. São milhares de moradores e turistas movimentando nossa cidade, estimulando a economia, gerando emprego e renda em muitos setores e, ainda, temos a oportunidade de mostrar todas as belezas do nosso município para o mundo inteiro”, completa.
Segundo a prefeita, no período do evento, na edição anterior, a rede hoteleira da cidade registrou ocupação de 100%, bem como o setor de comércio, que sentiu um aumento considerável nas vendas de seus produtos e serviços. “O setor de eventos foi um dos mais impactados pela pandemia, com efeitos significativos para a população. Agora, retornando às atividades, tenho certeza de que haverá um reaquecimento na economia e, principalmente, no setor turístico da nossa região”, conclui.
“A WSL está unindo todos os esforços para a realização do maior evento Oi Rio Pro da história. Na temporada 2022, temos atletas brasileiros no topo do ranking, como vem acontecendo nos últimos anos, além de um recorde de fortes marcas parceiras. Tudo isso é motivo de muita comemoração e os que quiserem ver essa festa bem de perto, com certeza, não se arrependerão”, diz Ivan Martinho, CEO da WSL Latin America.
A etapa Oi Rio Pro que acontece em Saquarema é patrocinado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, através do Governo do Estado. Alessandro Carracena, secretário de Esporte e Lazer celebra a realização do evento no Estado que abraçou o esporte. “O Estado do Rio de Janeiro se sente honrado em poder voltar a sediar mais um grande evento, de alcance mundial. O surfe une saúde, natureza, alegria e diversão, o que é a cara do Brasil e tem o jeito do povo fluminense. Saquarema é o Maracanã do surfe e conta com total apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Que seja um evento de muito sucesso”.
O governador Cláudio Castro cita o surfe como Patrimônio Histórico Imperial do Rio de Janeiro, título conquistado em 2021, e fala da sua importância para o Estado. “Ano passado, através de uma conquista histórica, transformamos o surfe em Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro, consolidando a região como a Capital Mundial da Cultura Surf. Saquarema, já conhecida internacionalmente como cenário de grandes mundiais, nesse momento importante de retomada de eventos esportivos ganha a atenção do planeta e movimenta a economia de toda a Região dos Lagos, nos enchendo de orgulho”.
Usamos cookies para garantir que oferecemos a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você está satisfeito com ele.AceitarPolitica de Privacidade
Você precisa fazer login para comentar.