O evento Eddie Aikau Big Wave Invitational que ocorreu em Waimea, Oahu Hawaii nesta temporada foi fantástico. A competição que não ocorria desde 2016 resolveu acordar a baia neste domingo dia 22 de 2023 e fez por merecer. Mais de 60 mil espectadores conferiram a bagaça em ondas que faziam o chão tremer no local, tal sua força e qualidade. Ondas na faixa de 40’ a 50’ pés segundo observadores deram o cartão de visita aos 40 contenders. O brasileiro Lucas Chumbo, convidado e especializado em morrancas, conquistou um nono lugar apesar de sofrer acidente na última onda. Porem o destaque ficou para um salva-vidas hawaiiano, que agora frequenta inúmeros jornais e entrevistas na rede da Net. O trabalhador de Waimea, Luke Shepardson, 27 anos que nos intervalos participava das baterias, cravou seu nome no evento e venceu a competição destronando surfistas profissionais e até bicampeões. Luke que desceu morrrancas, recebeu seu prêmio na praia uniformizado, camiseta amarela e bermuda vermelha e sem acreditar. “Super assustador, as ondas eram enormes. Foi um sonho realizado fazer parte disso, apenas estar na lista alternativa e depois estar nela. Eu não posso acreditar”. Depois de receber seu prêmio, Luke subiu para a torre afim de concluir sua jornada do dia. Shepardson mantém viva a tradição de proteger a vida na Baia assim como Eddie iniciou nos idos dos 70. Parabéns!
Texto by Castro Pereira Fotos J.Aquino/R.Foley/E.Kabik/Insta
Categoria: Eventos
UM REGISTRO ART SURF – RIP BILL
Senhores é com coração pesado que parte da comunidade do surf californiano e hawaiiano, oriunda dos Gold Times anunciou e se comoveu com a passagem de Bill Ogden. Pois muitos ainda comentam e protagonizam suas condolências ao personagem esfuziante, colorido e discreto, Ogden. Sujeito que deu origem as fantasias e designes coloridos e por vezes psicodélicos do surf nos 60, 70 e 80. “Eu fiz arte para as pessoas. Queria que eles se divertissem e percebi que, como artista se você não esta a se divertir, estará a fazer algo errado”, explicou Ogden em 2016. O cara, de origem japa que encontrou-se e viveu uma parte de sua vida, com a Irmandade do Amor Eterno em Laguna Beach em meados dos 60, pautou sua arte no oceano com viagens alucinógenas. “O LSD foi uma moda passageira, realmente. Para muitos de nós, a criatividade continuou a evoluir a partir da nossa própria imaginação, desenhar e pintar por pura alegria”, comentou. Em 1969 Bill desenhava logotipos para a Hobie Surfboards e para anúncios da Jantzen surfwear na Surfer. Em 1970 ele desenhou dois cartazes de Timothy Leary, papa do LSD raptado por oficiais do governo ianque, pedindo doações para o resgate de US$ 100 mil. Em 1974 ele desenhou a famosa arte do cartaz do filme “Ilha Esquecida de Santosha” onde aparecem Gerry Lopez e amigos surfando a fantástica G’Land em Java, despistando o nome real do pico, hoje internacional. Ogden trabalhou na loja Mystic Arts World, que reunia uma nata da pesada em Laguna. Em 1972 as musas de Bill que apareciam de busto nu e bronzeadas, ondas limpas tubulares e perfeitas, ondas vazias e surfers megabronzeados, eram as verdadeiras imagens na cabeça da galera que se definia pela imaginação, durante esse período. “Tantos anos depois, ainda vemos as suas imagens quando fechamos os olhos e sonhamos os sonhos de sermos surfista” conforme escreveu Sam George anos mais tarde. O único artista a se igualar a Bill nesse período foi Rich Griffin que como Ogden, começou com o trabalho de desenhos animados em revista surf, antes de fazer um crossover dramático para o psicodélico. E assim ele permanece seguro no reino da fantasia e da paisagem; para o melhor ou para o pior, seu estilo ainda formata inspirações como Christian Lassen e Robert Wyland no Hawaii. Quem viu e conferiu viajou e você amigo procure conhecer mais sobre a arte de Bill Ogden.
Durante uma verificação da secretária de bem-estar no início do mês de dezembro passado na Califa, descobriu-se que Ogden faleceu em casa, sentado à frente do seu cavalete com pincel ainda na mão aos 79 anos. RIP BILL!
Texto by Castro Pereira Fotos Arquivos Insta/Marilynn Young
CALIFÓRNIA – JUNIORS EM SAN DIEGO
A galerinha do Brasil não logrou bons resultados em San Diego, Califórnia, local onde ocorreu o World Junior Championship 2022. A brasuca Laura Raupp, 16 anos e Sol Aguirre, peruana de 19 anos terminaram na quinta colocação. O destaque no evento e campeã da feminino foi a lusitana Francisca Veselko, de 19 anos que arrepiou nas finais em ondas de 6’ a 8’ pés regulares. Ela venceu a ianque, Sawyer Lindblad de 17 anos por 12.47 X 12.33 pontos. Francisca também foi muito elogiada por Barton Lynch, que esteve com ela nesta temporada de inverno no Hawaii.
Já na área dos caras a pendenga foi maior e a brasucada ficou pelo caminho. O aussie, Jarvis Earle de 18 anos venceu a bagaça deixando o ianque, Levi Slawson, 19 anos comendo água devido seu ataque violento de frontside as ondas de Solana beach. Jarvis que nas quartas de finais aprontou nota dez de três juízes, fechou a parada na final com 17.00 X 11.60 de Levi.
A dupla de campeões ganharam US$ 10 mi de premiação, os títulos mundiais e vagas para o Challenger Series de 2023. A competição da WSL foi finalizada na sexta-feira passada, dia 13 na Califa.
Texto by Castro Pereira Fotos Morris/WSL
Praia dos Molhes recebe evento KIDS
Surfland apresenta Free Surf Kids Festival
Seguem abertas as inscrições para o *Surfland apresenta Free Surf Kids Festival* que acontece dias 14 e 15 de janeiro na praia dos Molhes em Torres um grande festival de surf kids. Lembrando. As faixas etárias são referentes ao “ano de 2022” data do adiamento do festival para os *ATLETAS JÁ INSCRITOS*, os demais, valerá a faixa etária vigente em 2023.
Categorias em disputa tem VALORES de INSCRIÇÃO de R$ 130,00 (Cento e Trinta Reais) nas categorias Masculino SUB 18,16,14,12 e 10 Feminino 18,14 e 12. As inscrições estão abertas até Quarta-feira dia 11/01 ou enquanto durarem as vagas disponíveis. Os Depósitos devem ser feitos através da chave PIX 51-999685817 (celular) enviando comprovante para WhatsApp 51 – 999685817.
*MASCULINO SUB 18* – Nascidos a partir de 01/01/2004
*MASCULINO SUB 16* – Nascidos a partir de 01/01/2006
*MASCULINO SUB 14* – Nascidos a partir de 01/01/2008
*MASCULINO SUB 12* – Nascidos a partir de 01/01/2010
*MASCULINO SUB 10* – Nascidos a partir de 01/01/2012
*FEMININO SUB 18* – Nascidos a partir de 01/01/2004
*FEMININO SUB 14* – Nascidos a partir de 01/01/2008
*FEMININO SUB 12* – Nascidos a partir de 01/01/2010
Apresentado pela Surfland Free Surf e com os patrocínios de Sealife, Projeto Praia Limpa, Tools, De Lucca, Infinity.
Organização *Associação dos Surfistas de Torres (AST); Federação Gaúcha de Surf (FGS)*
JOÃO CHIANCA NA FINAL DO VANS PIPE
O Vans Pipe Masters 2022 que trouxe este ano um formato inovador, juntando 60 surfers onde metade eram hawaiianos, pagou uma gorda premiação a homens e mulheres. Outra das novidades foi também a valorização das manobras em cima dos recifes e não só os tubers. Nesta edição a galera; 40 boludos e 20 meninas foram encorajados a explorar a onda de Pipe em toda sua extensão e potencial, coisa que Medina e Italo apreciam, mas não participaram.
As finais foram corridas em ondas regulares de 6’ a 8’ pés e quebrando firme em cima da bancada no inside. Primeiro as mulheres entraram nágua no dia das finais e algumas apresentações merecem destaque; Zoe McDougall, Bettylou, Tyler Wright que arrancou nota com um tubo e ataque a uma junção. Porem Molly Picklum ia entubando com consistência e passando heats. Sierra Kerr foi outra figura que protagonizou um tubaço inacreditável, mas após sair do mar soube que foi penalizada, por interferência em cima da hawaiina Pua Desoto.
Na Final Caitlin Simmers passou a primeira metade do heat na liderança, mas foi Molly Picklum que alcançou a onda mais bem pontuada da bateria. Carissa Moore cometeu interferência sobre Bettylou Sakura Johnson, o que cortou a pontuação da sua melhor onda pela metade. Assim a aussie, Molly Picklum saiu vencedora.
A final dos boludos contou com; o carioca João Chianca, que remou firme na bancada e chegou as finais na raça. Mais os ianques Griffin Colapinto e Balaram Stack, juntamente com o hawaiiano Kaulana Apo. O heat iniciou com uma onda de Kaulana, seguido de Griffin em outra. O brasileiro João Chianca embarcou em algumas ondas, porem sem grande relevância e pontuação. Já o ianque Balaram Stack, que esteve em destaque durante todo o evento, liderou a final com um tubão pro Backdoor. Griffin tentou uma última cartada antes do fim mas caiu, e as 100 mil doletas foram para as mãos do ianque Stack. Chianca foi quarto lugar, Apo terceiro, Griffin foi segundo e Stack o campeão.
Os campeões (masculino e feminino) ganharam 100 mil dólares, os vice 60 mil, os terceiros 35 mil e os quartos 15 mil, numa corajosa valorização do talento dos surfistas e reforçando a relevância do Vans Pipe Masters.
Texto by Castro Pereira Fotos By Jimmy Wilson/Vans/BB
PIPE MASTERS DO VANS
Começou a rodar na costa de Ohau, o evento que vai estar empenhado em elevar a comunidade do North Shore e impulsionar a progressão e inclusão cultural. Cerca de 50% dos convidados do Vans Pipe Masters são do Havaí, mostrando a profundidade do talento do surf na região. Embora reconheçamos que os locais boys conheçam com profundidade as cavernas sinistras do pico, alguns convidados vão mostrar seu valor nessa competição que tem janela até o dia 20 próximo. Entre os brasucas temos duas boas surfers nessa edição do Vans Pipe, a conhecida top mundial Tatiane Weston Webb e a convidada, Bela Nalu que conhece bem as cavernas de backdoor e Pipe. A premiação é de US$420 mil no total e quatro homens e quatro mulheres com as pontuações mais altas, vão avançar para as finais com chance de ganhar uma parte do prêmio.
A Vans também esta lançando uma série de conteúdos em parceria com a Stab Magazine que inclui as “Mulheres de Pipeline”, explorando cada geração de surfistas femininas que estão deixando uma marca no progresso do esporte.
Este ano, a Vans esta numa parceria com a Sustainable Coastlines of Hawaii para o programa de desvio de lixo no local do evento. A Vans também sediará um dia comunitário no West Side de Oahu que se concentrará em fornecer educação sustentável e iniciativas de retribuição às comunidades nativas havaianas em parceria com Na Kama Kai, Sustainable Coastlines of Hawaii e North Shore Community Land Trust.
Finalizando a turma dos boludos trás caras como: John John, O’Brien, Koa, Imakaland, Meola, Grace e Rio Waida entre outros com os brasileiros, João Chianca e Yago Dora, disputando a grana do Vans que é transmitido ao vivo.
Texto by Castro Pereira Fotos by Smorigo/BB/Vans
FINALS OF CHALLENGER HALEIWA
E a bagaça da etapa do último Challengers na terra, ou melhor no mar dos índios hawaiianos, foi finalizado na última sexta dia 02. Os campeões em Haleiwa, North Shore de Oahu foram o local boy, João João Florence e a aussie, Sophie McCulloch. A brasucada remou na arena e levou o cabra Michael Rodrigues até a final, terminando em terceiro lugar. Com essa colocação Michael se credenciou para o tour 2023 juntamente com o carioca, João Chianca que aguardava resultados de seus adversários. O mar não esteve muito alinhado nas finais, mas Florence foi o destaque com altas notas, o inquieto japa Kanoa Igarashi foi segundo e fechando a bateria, o consistente aussie Ryan Callinan foi quarto. A brasucada com esses dois nomes passa a contar com 10 caras e uma mina, a Tatiane Weston Webb em 2023.
Na turma das meninas a encrenca estava entre as hawaiiana, só geração nova e casca grossa. A semi-final foi da pesada com a bancada incendiando nas performances de três hawaiianas, duas aussies, duas ianques e uma portuguesa do maior valor, a Teresa Bonvalot. Tanto que ela foi terceira na final. A aussie Sophie McCulloch venceu e Betty Lou Sakura foi segundo lugar e Eweleuila Wong foi quarto lugar, ambas do Hawaii.
Texto by Castro Pereira Fotos B.Bielman/WSL
São Paulo Surf Festival 2022 leva a atmosfera dos grandes festivais a Maresias
O São Paulo Surf Festival 2022 chega para fechar a cena do surfe brasileiro com chave de ouro. Realizado em dois finais de semana consecutivos – 9, 10 e 11 & 16,17 e 18 de dezembro, na Praia da Maresias, Litoral Norte de São Paulo
HALEIWA CHALLENGER HOT
As marolas neste inicio de temporada na terra dos Kahunas, não estão aliviando para ninguém, tanto gringos como locais do pico. A brasucada como sempre metendo terror e dando a volta nos índios hawaiianos. A bancada de Haleiwa, no north shore de Oahu e uma das preferidas de Mr.Slats, é também a arena onde meninas e meninos disputam as últimas vagas para 2023 do tour da WSL. O Haleiwa Challenger define dez homens e cinco mulheres que subirão da divisão de acesso para a elite. As oitavas de finais foram tiroteio puro nas ondas da quinta-feira dia 01. Mar balançado e irregular tiraram do evento, Lucas Silveira, Samuel Pupo, Matheus Herdy e João Chianca com chances matemáticas ainda. Na área das meninas, Anne dos Santos, Sophia Medina e Luana Silva, estão fora. Cinco ausssies, três ianques, quatro hawaiianas, mais uma japa, uma portuguesa e uma sul-africana decidem as quartas de finais nesta sexta.
Único brasuca garantido nas quartas foi Michael Rodrigues, que se passar para as semi-finais carimba sua passagem para o tour em 2023. Outro brasuca, agora defendendo as cores da Itália é Jessé Mendes do Guarujá, também está nas quartas. Esse é o Haleiwa Challenger que iniciou na terça passada e rola até o domingo no Hawaii.
Texto by Castro Pereira Fotos B.Bielman/Toni Heff/WSL
CHLOÉ TRICAMPEÃ BRASILEIRA
No domingo passado dia 27 a praia de Jericoacoara, no Ceará foi o palco da vitória da carioca Chloé Calmon. Ela sagrou-se campeã brasileira na modalidade que ela mais compete no planeta. Sim, Chloé já possui diversos títulos conquistados em diversos países, mas esse é realização de um sonho pessoal. Segundo ela: “esse ano foi muito intenso e um dos objetivos traçados no inicio foi o de correr o novo Circuito Brasileiro da CBSurf e finalizar com o titulo de Campeã Brasileira. Com isso fiquei muito feliz e atingi a meta de fechar mais um ciclo com chave de ouro”. A menina agora é Tricampeã Brasileira de Longboard Profissional. Na grande final de boas ondas ela venceu a pernambucana Atalanta Batista, outra genial competidora que podia levar o titulo e ficou em terceiro, Kati Brandi em segundo e Aylar Cinti em quarto lugar.
Na ala dos boludos outro que levou o titulo foi Eduardo Bahia. Ele que não chegou a final mas dependeu de resultado do paulista Jefson Silva, que necessitava vencer e acabou terminando em quarto lugar. Bahia se tornou então Tetracampeão Brasileiro de Longboard. Esses foram os resultados do VIII Jericoacoara Cultura Longboard Festival no Ceará, que é produzido por Marcelo Bibita e além do surf possui outras atrações do maior valor. O gaúcho Paulo Sefton, chegou em quarto na categoria mais de 50 e em terceiro na de mais de 55. Foi isso.
Texto by Castro Pereira e Fotos Lima Jr/
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